Imagem da matéria: Tudo sobre Ethereum: A Mãe das Aplicações Descentralizadas

Ethereum

Quarto guia, podem ler os outros três clicando nos respectivos nomes, Nano (Raiblocks)RippleTron. Qualquer sugestão de moeda que tenham interesse, basta sugerir nos comentários. Esse guia é importante, pois abrange outras moedas que irei falar no futuro e moedas já faladas (TRON). Elas existem dentro da tecnologia Ethereum.

O guia estará dividido como sempre, em tópicos, para facilitar a leitura. A única mudança será na abordagem sobre a carteira, irei fazer um artigo só para ela (MyEtherWallet). Ela possui muitas funções e também serve para guardar todas as moedas baseadas em Ethereum. Essa abordagem será tomada para evitar repetições e não tornar a página muito extensa. Basicamente irei usar o mesmo tutorial para outras moedas que a utilizaram.

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1.0 O que é Ethereum?

1.1 Criador

1.2 Moeda, distribuição e mineração

2.0 ICOs e Tokens ERC-20

2.1 Projetos que rodam na Ethereum

3.0 Como funciona

3.1 Algoritmo de consenso

3.2 Ethereum Classic e Hard Fork

4.0 Como comprar e armazenar

4.1 Como comprar

4.2 Como armazenar

5.0 Conclusão

1.0 O que é Ethereum?

Ethereum logo

Ethereum é uma plataforma proposta no final de 2013 por Vitalik Buterin. Foi criada por meio de um financiamento online que ocorreu ente julho e agosto de 2014. O financiamento foi feito com Bitcoins, em troca de alguns Ethers, moeda do sistema.

Ethereum é, na minha opinião, uma das maiores invenções da humanidade desde a internet. Talvez até mais impactante e importante a longo prazo que a própria internet. Ela pega a tecnologia utilizada no Bitcoin e a traz para outros meios, não somente para o sistema monetário.

Basicamente a segurança e descentralização do Bitcoin são implementadas em quaisquer sistemas possíveis, por meio de contratos inteligentes. Ethereum é uma plataforma aberta (Open Source) focada na criação e distribuição de aplicações descentralizadas. Aplicações que não necessitam de intermediários, podendo interagir com sistemas sociais, financeiros, interface de jogos e qualquer outra coisa.

Não sei se só com essas palavras conseguem notar o potencial absurdo dessa “criptomoeda”. Trazendo a tecnologia do Bitcoin (Blockchain) para todas as outras coisas, mudamos completamente a forma que o mundo funciona e como nos relacionamos com instituições.

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Assim como o Bitcoin torna as instituições financeiras obsoletas, o Ethereum pode tornar qualquer instituição social obsoleta. Isso é muito impactante e surreal, inimaginável alguns anos atrás. Todas as pessoas por trás dos processos de validação e confiança nas instituições, são eliminadas. Isso leva junto toda corrupção e burocracia.

O elo mais fraco na segurança da informação, é o ser humano. Todo trabalho humano é substituído por códigos de programação e maquinas realizando o trabalho em conjunto. Isso torna tudo mais seguro, eficiente, menos centralizado e menos corruptível.

Instituições como cartórios seriam desnecessárias, assim como muitas outras funções em alguns empregos. Empresas como Facebook e Youtube, que retiram muita parte do dinheiro que roda nas plataformas também sumiriam. A criptomoeda funciona da mesma forma que Tron pretende, já que Tron atualmente roda dentro da Ethereum. Como citado no post do Tron, Ethereum faz a mesma coisa, só que de forma mais abrangente. Ele engloba qualquer coisa e não só a internet e o entretenimento.

Mais à frente explicarei no tópico Como funciona, como Ethereum faz para substituir essas funções atualmente tomadas por instituições burocráticas. No tópico Projetos que rodam na Ethereum mostrarei algumas aplicações já existentes, para terem uma visão melhor das funcionalidades possíveis.

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1.1 Criador

Vitalik Buterin, criador da Ethereum

Vittalik Buterin É um jovem canadense, mas nascido na Rússia, possui dupla nacionalidade. Tem 24 anos de idade. É escritor, programador e cofundador da Ethereum.

Vitalik cursava ciência da computação na universidade de Waterloo. Abandou o curso após receber uma bolsa de 100 mil dólares (Thiel fellowship) pelo projeto Ethereum. Depois disso passou a trabalhar em tempo integral nele.

Vitalik também é cofundador da revista Bitcoin Magazine, criada em maio de 2012. A primeira revista impressa e séria sobre Bitcoin e uma das mais renomadas. Ele foi apresentado ao Bitcoin por seu pai, Dimitri Buterin, formado em ciência da computação.

Nem Vitalik imaginava o potencial da Ethereum. Quando a criou pensava em aplicações simples, mas foi vendo o potencial com o amadurecimento do projeto. Vitalik sempre foi interessado em computação. Na terceira série foi mudado para uma sala de alunos super dotados, onde desenvolveu o interesse pela matemática. O projeto Ethereum foi apresentado por Vitalik, após algumas viagens e encontros com entusiastas do código Bitcoin.

1.2 Moeda, Distribuição e mineração

Moeda ether

Ether

ETH (Ether) é a moeda do sistema Ethereum. A função da moeda é servir como pagamento para as operações e aplicações que rodam dentro de sua rede. Isso garante que ninguém trabalhe de graça, nem que recursos sejam desperdiçados.

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Atualmente existem 97,317,470.50 ETH em circulação. Esse número aumenta a cada segundo, já estará outro valor quando você ler isso. 60.102.216 de ETH foram dados aos financiadores do projeto em troca de Bitcoins. 12 Milhões (um quinto das moedas vendidas) são mantidas pela Ethereum. 25 Milhões já foram mineradas até agora. Abaixo deixo uma tabela sobre como está a distribuição da moeda e como estará em 5 anos.

Tabela de distribuição de Ethereum

Diferente do Bitcoin, Ethereum não tem um limite de mineração, mas a velocidade de mineração é decrescente e se torna cada vez mais difícil. Estimasse que próximo dos 100 milhões, a mineração fique bem travada e produza pouquíssimos Ethers. Esse travamento e lentidão é conhecido como “Ice age”.

Essa dificuldade também tem um intuito, incentivar os participantes da rede a migrarem para o sistema de PoS. Garantindo a eliminação da centralização e o desperdício que o PoW cria. No tópico Algoritmo de consenso falarei mais a respeito disso.

Gás

Gás é o preço interno para executar uma transação ou contrato. É usado devido à volatilidade das criptomoedas. Se o Ether fosse usado como “combustível”, iria ser bem difícil trabalhar, pois os preços de determinadas ações poderiam variar muito. O Gás necessário para cada ação, é baseado no poder computacional requerido e é pago em alguma fração de Ether. Mais à frente vocês entenderão que transações e contratos são esses.

As aplicações de certa forma rodam dentro da Blockchain Ethereum e precisam ser validadas. Todas as ações das aplicações precisam pagar uma taxa mínima para funcionar, pois alguém está gastando energia para que isso seja possível. Aqui entende-se melhor o que eu quis dizer mais acima, quando falei que o Ether serve para pagar as operações na rede.

Mineração

Como já citado acima, a moeda possui mineração. Funciona de forma muito semelhante ao Bitcoin. Utiliza Poder computacional e energia para realizar essa mineração e validação de operações.

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A mineração pode ser realizada por GPU (placa de vídeo) em computadores casuais, existem calculadoras na internet para ajudar quem tiver interesse em lucrar algum dinheiro minerando, mas tenham em mente que a mineração irá cessar e talvez seu investimento não chegará a se pagar. Mais à frente abordarei o motivo da mineração chegar ao fim. Quem mesmo assim tiver interesse de uma breve pesquisada e baixe o software de mineração. 

 2.0 ICOs e Tokens ERC-20

Ether e Tokens da Ethereum

Como já visto, Ethereum é uma plataforma que pretende abrigar aplicações descentralizadas. Essas aplicações se dão por meio de ICOs (Oferta inicial de moeda, em português). O ICO é uma forma de financiamento para a criação dessas aplicações. Os Tokens são as moedas em si, que são utilizadas e criadas por essas empresas/aplicações buscando financiamento.

Os financiadores compram certas quantidades de Tokens dessas Startups. Os Tokens geralmente são utilizados para fazer o uso dos sistemas criados. Eles podem subir ou descer de valor da mesma forma como acontece com outras criptomoedas.

Os Tokens agem como uma moeda normal e podem ser armazenados em uma carteira normalmente. Da mesma forma como vimos no artigo da Tron que é atualmente um Token Ethereum. Eles não são usados simplesmente como moedas e fim, os Tokens são ativos digitais com o intuito de representar qualquer coisa, dependendo de qual o intuito do seu sistema nativo.

Um Token pode representar uma barra de ouro, um carro, uma folha que garante a validação de um documento ou qualquer coisa. O intuito do Token é virtualizar um ativo ou “coisa” que é necessária no mundo real para realizar a ação que agora está sendo feita na rede Ethereum. É como se o Token monetizasse qualquer ação para facilitar a operação na aplicação virtual. Explicar isso em texto é muito complicado, mas espero que tenham entendido.

ERC-20

ERC-20 é um padrão que a maioria dos Tokens segue. Esse padrão garante a interoperabilidade do sistema, ou seja, os Tokens de diferentes aplicações podem facilmente interagir entre si. Isso garante uma rede muito mais fluida e amigável para os criadores e usuários de aplicações Ethereum. Todos esses Tokens podem ser armazenados em carteiras compatíveis com ERC-20 como a MyEtherWallet. Os Tokens operam independentemente do Ether.

2.1 Projetos que rodam na Ethereum

O ponto principal dessas aplicações, é que rodam em uma Blockchain e por meio de contratos inteligentes. Elas não podem sofrer censura, não podem ser alteradas ou burladas e funcionam praticamente de forma autônoma. Esses são os pontos que diferem completamente do que estamos acostumados.

Existem inúmeros outros projetos, com as mais diversas funcionalidades. Citarei aqui apenas três de diferentes áreas, para que tenham em mente as possibilidades.

Augur

Augur aplicação descentralizada rodando na Ethereum

Augur é um mercado de previsão descentralizada. Seu intuito é acertar o futuro, se baseando em inteligência coletiva. O sistema funciona por meio de votações e reputações. A reputação são seus Tokens que podem ser apostados em uma opinião especifica de uma enquete.

O banco de dados vai sendo alimentado de acordo com o tempo e com as apostas sendo concretizadas. Usuários que costumam acertar sempre, terão uma reputação maior e seu voto valerá mais. Com o uso intensivo da ferramenta e com o banco de dados cada vez mais apurado, é de se esperar que os resultados com maior votação serão os que de fato irão acontecer.

Por ser uma aplicação descentralizada rodando na Ethereum, nenhum governo ou entidade poderá considera-lo ilegal nem poderá o fazer cessar. O Token utilizado pela Augur, chama REP e possui 11.000.000 em circulação. O REP é literalmente a reputação que o usuário coloca em jogo e que faz seu palpite ser mais relevante na contagem.

ArcadeCity

ArcadeCity a Uber que funciona via Blockchain

 

ArcadeCity é basicamente um Uber descentralizado que funciona na Blockchain. Não há uma empresa por trás que dita os valores ou que faz o encontro do motorista e passageiro. Os preços são estabelecidos na hora com o próprio motorista. O mapa do aplicativo mostra todos os motoristas na sua área, você pode se comunicar com eles por chat antes de pedir uma corrida.

Isso garante um preço muito mais atrativo para ambos os lados, já que não existe uma porcentagem a ser paga para as empresas. O aplicativo permite a criação de guildas, onde cada líder pode criar seus critérios de aceitação de motoristas, garantindo a segurança e confiabilidade para os passageiros. O aplicativo está no começo mas pretende ter histórico e reputação como os outros aplicativos semelhantes. O Token é chamado de ARCD, serão emitidos 10.000.000.000.

3.0 Como funciona

Ethereum: como funciona?

A Ethereum tem um funcionamento muito complexo e ainda está em pleno desenvolvimento. Abordarei os principais aspectos para que entendam o principal do seu funcionamento. Também falarei de alguns tipos de projetos que existem na plataforma.

Blockchain Ethereum

A Blockchain da Ethereum é sua espinha dorsal, é a base de tudo. A criptomoeda se estabelece como uma plataforma de criação de aplicações descentralizadas. Todas essas aplicações criadas utilizam a Blockchain Ethereum. A principal função da Ethereum é ceder sua Blockchain “especial” para que essas aplicações possam funcionar.

A Blockchain Ethereum difere da do Bitcoin e da maioria. Ela não armazena apenas valores e transações, mas também códigos de programação e instruções especificas. É uma Blockchain melhorada e mais inteligente. Isso acontece graças a máquina virtual Ethereum. Esse é o principal aspecto da moeda e o que mostra o verdadeiro potencial da tecnologia que Satoshi Nakamoto trouxe à tona.

Contratos inteligentes

Contratos inteligentes são as instruções e programações que citei acima. São ordens automáticas que devem ser cumpridas se as regras e pendencias estabelecidas forem cumpridas. Darei um exemplo abaixo.

“O candidato que receber mais votos no período de 20 dias, terá a responsabilidade de realizar tal serviço”

Esses contratos podem ser construídos de diferentes formas e podem ganhar muita complexidade. Seria possível por exemplo, programar contratos inteligentes para eletrodomésticos. Uma geladeira poderia possuir sensores que quando verificassem que ela está vazia, executassem um contrato que emite um pedido de compras ao supermercado mais próximo, para o endereço da casa.

Essas aplicações serão possíveis no futuro, mas atualmente possuem implicações mais virtuais e dentro dos computadores especificamente. O Ethereum foi criado para facilitar a criação desses contratos inteligentes.

Maquina virtual Ethereum

Esse nome é dado ao ambiente que a plataforma cede para a criação das aplicações e contratos inteligentes. Fornece um ambiente amigável para a fácil criação das aplicações. Também é possível testar suas aplicações nele antes de lançarem na rede.

A máquina virtual é capaz de entender várias linguagens de programação e é responsável por converte-las para que possam ser lidas e executadas pela Blockchain Ethereum. Ela também é responsável por tornar todos os aplicativos padrões e compatíveis entre si. Esse ambiente vem sendo melhorado cada vez mais e já é perfeitamente utilizável. Esses três aspectos são a base principal e o que possibilita a mágica da Ethereum acontecer.

Aplicações descentralizadas

Uma aplicação descentralizada ou Dapp é semelhante a um contrato inteligente. Funciona como um aplicativo construído com base em diversos contratos inteligentes, visando executar uma tarefa mais complexa. Aplicações descentralizadas já existem antes da Blockchain, um exemplo é a rede Tor e o Bitorrent.

A plataforma Ethereum traz a facilidade para os usuários criarem suas DAPPs dentro do seu sistema e rodando na sua Blockchain.

Organização autônoma descentralizada

É uma espécie de subclasse de corporações que atuam na internet de forma autônoma. Essas aplicações dependem da contratação de indivíduos para realizarem ações que o próprio autômato não é capaz de realizar.

Uma DAO (Organização autônoma descentralizada) contém algum tipo de propriedade interna que é valiosa de alguma forma, e tem a capacidade de usar essa propriedade como um mecanismo para recompensar certas atividades. Bitcoin de certa forma seria uma espécie de DAO, pois recruta os mineiros e os recompensa de forma automática.

Um DAO jogado na rede Ethereum é inalterável e funciona automaticamente, diferente de uma aplicação descentralizada que tem um conjunto de pessoas por trás.

3.1 Algoritmo de consenso

Servidores para Mineração de Ethereum

Já citei em outros artigos as comparações entre PoS e PoW, mas repetirei abaixo para quem não leu os outros. Atualmente Ethereum usa PoW, mas desde o início do projeto já foi avisado que a rede migraria para PoS em algum momento.

PoW (Proof-of-Work)

O Proof-of-Work (PoW) é um processo de validação que visa garantir a descentralização e a segurança das transações distribuídas. O processo é feito por mineradores que realizam cálculos matemáticos em seus computadores para verificarem se as transações são honestas. Esses cálculos consomem muita energia e acabam tornando a rede mais lenta.

Essa validação costuma ter um custo mais alto, devido ao poder computacional que é usado para mantê-la. Um minerador após verificar a autenticidade da transação, a propaga pela rede e a transação é escrita na Blockchain e não pode mais ser alterada.

Esse método de validação também traz consigo um mercado próprio, o mercado da mineração. Cada vez são exigidas maquinas mais potentes e mais energia, pois a mineração se dificulta com o tempo.

PoS (Proof-of-Stake)

O Proof-of-Stake (PoS) atua como o nome sugere, o validador participa da validação com uma quantidade da moeda que possui, não com poder computacional. Quanto mais moedas você possui, mas transações você poderá validar. O validador deve apenas colocar suas moedas em uma espécie de cofre e deixa-las lá paradas para “provar” sua participação.

Esse sistema é bem mais econômico, pois o PoW do Bitcoin atualmente já consome mais energia que alguns países e Ethereum segue no mesmo caminho. PoS também traz mais segurança e menos centralização. Os validadores continuarão sendo pagos por cada validação, mas agora sem gastar recursos.

Migração

Alguns podem estar se perguntando o motivo da Ethereum não já ter começado com PoS. Imagina-se que o motivo principal foi algo que traduzindo para o português seria “Nada a perder”. Isso é uma característica do método PoS que pode facilitar os Hard Forks na moeda.

Hard Fork é quando uma alteração brusca é feita na moeda. Quando esse tipo de alteração ocorre, são geradas duas Blockchains. Isso acontece porque a Blockchain original não será compatível com a alteração brusca feita. Determinados validadores ficam na Blockchain original e outra parte migra pra Blockchain que ouve a mudança. Isso acaba gerando duas moedas separadas e enfraquece a rede e confiabilidade.

Esse problema se agrava no PoS, porque os validadores não teriam nada a perder colocando suas moedas para validarem nas duas Blockchains diferentes. Se ninguém participasse do Hard Fork, não iria importar porque suas moedas continuariam validando na Blockchain original enquanto ainda podiam ficar ajudando no Fork, garantindo mais lucro.

Isso não ocorre no PoW, pois seriam recursos energéticos e computacionais desviados da Blockchain original para serem usados no Fork. Se o Fork não desse em nada e não valorizasse, todos esses gastos energéticos e de tempo serão convertidos em prejuízos. O que acaba tornando um incentivo todos continuarem da Blockchain original, já que você estaria gastando realmente algo pra manter o outro sistema.

Essa mudança está cada vez mais próxima, creio que ainda aconteça esse ano (2018). Será um passo muito importante para Ethereum e também para a história das criptomoedas.

Projeto Casper

O projeto Casper vem como uma solução para esses problemas e outros. Se trata de um PoS criado pela equipe Ethereum para seu sistema. O Casper ainda está em criação, por isso iniciaram com PoW, para a moeda entrar em funcionamento sem ter que esperar o projeto ficar pronto.

No Casper o “nada a perder” não existe. Se um validador tentar validar uma transação fraudulenta ou que gere um Hard Fork, ele será penalizado e não poderá mais participar das validações, perdendo seus lucros futuros.

Alem de outros benefícios, o projeto Casper também pretende fazer uma migração gradual. No começo existirão mineradores e validadores atuando ao mesmo tempo. A quantidade de poder necessário dos mineradores irá diminuir com o tempo, até a rede estar composta apenas por PoS. Essa mudança gradual dá tempo aos mineradores de migrarem para outros negócios e impede que aconteça um Hard Fork na rede, pois isso geraria uma Blockchain que trabalha com PoS e uma que trabalhe com PoW.

3.2 Ethereum Classic e Hard Fork

Ethereum Classic Logotipo

Ethereum Classic é a moeda que se originou de um Hard Fork na rede. Diferente do esperado, Ethereum Classic é a Blockchain original e o Ethereum é a nova. O Hard Fork aconteceu devido a uma falha em uma organização denominada The DAO. Foi o projeto mais bem financiado da Ethereum, arrecadando 150 milhões de dólares. Era uma espécie de fundo de investimento onde você podia financiar outras empresas com seu Token.

Essa The DAO continha uma grave falha de segurança. Como a aplicação já estava rodando autônoma na rede Ethereum, ela não podia ser parada ou alterada. Um Cracker conseguiu roubar 50 milhões de dólares para sua carteira em junho de 2016. Isso criou um debate ideológico. De certa forma, não era um “roubo”. O Cracker conseguiu fazer isso dentro das regras da aplicação que continha uma falha.

A falha não era na plataforma Ethereum, mas sim na aplicação The DAO. A comunidade se dividiu, alguns queriam que o processo fosse refeito e o dinheiro retornado. Outros queriam que tudo seguisse da forma que aconteceu, pois seria contra a ideologia da moeda, alterar a Blockchain.

O problema não era da Ethereum, mas ela teve que se meter. A comunidade acabou optando por devolver valores de volta para os antigos donos. Essa ação criou uma nova Blockchain, onde quase toda comunidade migrou e apoiou. Em 20 de julho de 2016 essa alteração foi feita. Quem não quis seguir, continuou na Blockchain antiga, que foi denominada de Ethereum Classic. Quase toda comunidade e os próprios desenvolvedores migraram para a Ethereum. Todas as atualizações novas serão incompatíveis com a Ethereum Classic.

4.0 Como comprar e armazenar

Ethereum é a segunda moeda com maior capitalização de mercado, consequentemente existem algumas corretoras que aceitam Real. Irei recomendar a Braziliex e darei um breve tutorial de como utiliza-la. Para armazenar irei linkar um tutorial feito por mim sobre a MyEtherWallet.

4.1 Como comprar

Braziliex

Acesse a página de cadastro por meio desse link. Dentro da página é  preencher todas as informações corretamente. Após feito tudo, basta clicar em Criar conta. Verifique seu e-mail e procure pelo e-mail de confirmação, se não achar, procure nos Spams. Ao clicar no link de confirmação você será avisado sobre a confirmação e em seguida basta logar com sua conta. 

Comprando Ethereum na Braziliex: crie sua conta e confirme seu e-mail

Dentro da pagina inicial da braziliex, cliquem no ícone azul no canto superior direito. Agora cliquem no seu endereço de e-mail, localizado na primeira opção.

Faça o login, clique no ícone no canto superior direito e clique em seu e-mail

Essa página é onde você irá enviar seus documentos para confirmar sua conta. Envie todos e aguarde a confirmação dos mesmos.

Nesta página, envie os documentos solicitados e aguarde a liberação

Após a validação dos documentos você deverá ir a aba Saldos. Dentro da página, clique em Deposito ao lado de BRL, primeira moeda da lista. 

Com a validação dos documentos realizada, acesse sua conta, vá em Saldos, clique em depósitos e em seguida clique em BRL

Abaixo estão três prints mostrando a página inteira e o que vocês devem fazer. Não utilizem o banco mostrado no print, pois poderá mudar. Enviem para o que mostrar na tela de vocês.

Regras para transferências para o Braziliex

Selecione um banco para transferência

Escolha a forma de depósito: DOC, TED ou Transferência

Após o dinheiro cair na sua conta, vá em Exchange. Selecione a opção ETH que está localizada dentro da caixa BRL a direita.Após o dinheiro cair na sua conta da Braziliex, vá em Exchange. Selecione a opção ETH que está localizada dentro da caixa BRL a direita.

Agora é só descer a página e realizar a compra na opção a esquerda. Escolha o valor mais baixo a esquerda e clique em Comprar ETH

Agora é só descer a página e realizar a compra na opção a esquerda. Escolha o valor mais baixo a esquerda e clique em Comprar ETH

Agora é só enviar seus Ethereums para sua carteira, que ensinarei a criar mais abaixo. Volte a pagina Saldos e dessa vez vá até ETH e clique em Saque, opção localizada a direita.

Volte a pagina Saldos e dessa vez vá até ETH e clique em Saque, opção localizada a direita.

Dentro da página de saque é necessário apenas informar o valor, endereço da carteira e clicar em SAQUE.

Dentro da página de saque é necessário apenas informar o valor, endereço da carteira e clicar em SAQUE.

Nesse mesmo site podem comprar ETH com BTC. Podem fazer isso em qualquer outra Exchange internacional também, praticamente todas aceitam Ethereum e o processo é bastante semelhante.

P2P

Compra P2P é a compra realizada diretamente com outra pessoa. Você envia o dinheiro para a conta dela e ela envia a moeda para sua carteira. Para compras P2P, sempre recomendo utilizarem o grupo do Facebook para buscarem os melhores vendedores e com maior reputação. Tenham cuidado e verifiquem as antecedências do vendedor, pois se você for enganado, não tem como recuperar seu dinheiro.

Grupo Facebook

Grupo P2P Facebook

4.2 Como armazenar

Anexarei um link aqui, para um tutorial recém-criado de como manusear a MyEtherWallet. Ela aceita Ethereum e seus Tokens ERC-20. Recomendo que a usem. O tutorial mostra com prints e passo a passo como manusear.

Também existem outras opções de armazenamento mais avançadas. A carteira desktop ou de Hardware (Nano Ledger) são exemplos disso. Não acho que seja interessante explicar sobre isso neste artigo.

Guia MyEtherWallet 

5.0 Conclusão

Como citei no começo, pra mim Ethereum é uma das melhores invenções depois da internet. Talvez a moeda não vingue, mas o que Vitalik trouxe para o Mainstream é sensacional e de um valor imensurável. Atualmente existem outras moedas com os mesmos propósitos da Ethereum. Isso também acontece com Bitcoin, mas nem por isso ele perde seu posto. Ethereum permanece na liderança das moedas com o mesmo propósito.

Creio que a tecnologia da Ethereum tenha um valor muito maior que a do Bitcoin. A longo prazo talvez a ultrapasse, se tornando a moeda de maior capitalização. Talvez isso não ocorra, mas deveria.

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