Imagem da matéria: Copa do Mundo e criptomoedas: entenda a relação entre o ecossistema e o esporte mais popular do planeta | Opinião
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A tecnologia blockchain e tudo o que dela emergiu, como criptomoedas, NFTs, tokenização, entre outras soluções, está em evidência. Isso vale inclusive nos eventos mais populares do planeta, com destaque para a Copa do Mundo, realizada este ano no Qatar.

A exposição de marcas relacionadas ao universo cripto atinge seu auge até agora, com uma das maiores empresas do mundo no setor, a Crypto.com, dividindo espaço com Visa, Adidas, Coca-Cola e outras gigantes entre as patrocinadoras do evento da Fifa. 

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Antes de entrar na maioe competição de futebol do mundo, as empresas de criptomoedas já estampavam seus nomes em camisas de times de diferentes campeonatos nacionais, regionais e continentais. Mas a participação do ecossistema cripto no futebol tem ido muito além do patrocínio. Ela já envolve até transações entre times e jogadores.

A relação entre criptomoedas, jogadores e clubes de futebol vem avançando desde o final de 2019, quando foi lançada a Socios, plataforma de entretenimento esportivo baseada em blockchain e que permite a tokenização de times e jogadores.

Desde então, algumas transações foram realizadas no mundo do futebol utilizando criptomoedas. É o caso da venda de David Barral, ex-jogador do Racing Santander, da Espanha, para o também espanhol Internacional de Madrid, concretizada por pagamento via bitcoin.

Há o caso ainda de um clube que foi adquirido via bitcoin, como o Rimini FC 1912, clube italiano da terceira divisão que teve 25% do seu patrimônio comprado em criptomoedas pela startup europeia de blockchain Quantocoin. 

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NFTs entram em campo

Há ainda a utilização da tecnologia NFT, também viabilizada pelo blockchain, no dia a dia do futebol. Um dos maiores exemplos está relacionado ao principal jogador brasileiro em atividade.

Neymar entrou no mercado de NFTs, adquirindo um token do Mutant Ape Yacht Club por 55 unidades de ether (a criptomoeda da Ethereum), o que equivale a cerca de R$ 790 mil, segundo informações da Agência Estado, para participar de uma comunidade restrita, frequentada principalmente por celebridades.

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Além disso, as NFTs estão sendo usadas no futebol como premiação. O Ballon d’Or ou Bola de Ouro, prêmio dado aos melhores jogadores do mundo na temporada, premiou, em 2022, os vencedores com uma versão em NFT dos troféus entregues na premiação, que aconteceu em outubro e escolheu o francês Karim Benzema, atacante do Real Madrid, como o melhor jogador do mundo. 

Fan tokens mudam o jogo

Para além das criptomoedas, a tecnologia blockchain está permeando o mundo do futebol por meio também dos fan tokens, que permitem aos torcedores participarem ativamente do dia a dia dos clubes para os quais torcem. A participação dos torcedores pode variar conforme a definição dos tokens e contempla desde decisões sobre o design de camisetas até a participação em conselhos. 

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A capitalização de mercado total dos tokens de fãs aumentou 11% no final de novembro, para US$ 399 milhões, mostram dados da CoinGecko, superando as movimentações no mercado de criptomoedas, que está em declínio devido à falência da FTX e outros eventos recentes. 

Ainda que fan tokens sejam uma oportunidade para torcedores de todo o mundo se envolverem na comunidade cripto ao mesmo tempo em que dão apoio às equipes para as quais torcem, não há certeza se esse mercado permanecerá tão aquecido. Comprar esperando valorização para vender na alta pode não ser a melhor opção, já que sua principal utilidade tem sido a participação ativa nas decisões dos clubes.

Por outro lado, as NFTs se mostram uma solução importante e aparentemente definitiva para que marcas gerem valor dentro do mundo virtual, criando na web 3 itens exclusivos ou transportando aqueles consagrados no mundo real para esse novo ambiente de convivência e negociação. 

No caso das criptomoedas, apesar das quedas registradas ao longo de 2022, que afastaram os investidores, a tecnologia veio para ficar e, as possibilidades em torno dela são várias, incluindo transações no mundo do futebol, que devem se tornar cada vez mais frequentes assim que o mercado de renda variável – onde esses ativos estão localizados – se estabilizar. 

Sobre a autora

Isabela Rossa é country manager da CoinCloud no Brasil

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