moeda de bitcoin com bandeira do brasil ao fundo (1)
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Os brasileiros alcançaram a marca de US$ 10 bilhões em compras de criptomoedas em 2024, segundo dados publicados pelo Banco Central na segunda-feira (26). Com isso, o país já está próximo de atingir o total gasto em todo 2023.

Entre janeiro e julho, as despesas com aquisições de criptoativos chegaram a US$ 10,788 bilhões, enquanto as receitas foram de US$ 792 milhões no mesmo período, com um resultado líquido negativo de US$ 9,997 bilhões.

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No ano passado, o resultado total foi negativo em US$ 11,693 bilhões.

Para o BC, a compra de ativos digitais por brasileiros representa uma despesa, ou seja, uma saída nas contas, enquanto a venda de criptomoedas é tratada como receita. Portanto um saldo líquido negativo significa que as pessoas estão adquirindo mais ativos.

Além disso, o Banco Central, desde junho, alterou a forma como contabiliza as criptomoedas, deixando de incluí-las na balança comercial, como era feito desde 2019, quando esses ativos passaram a ser entendidos como bens.

Ao serem incluídas na balança comercial, as criptomoedas estavam tendo grande impacto na conta corrente nacional, elevando o déficit, o que não ocorre mais agora.

A mudança seguiu uma recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI), e agora os criptoativos são colocados como conta de capital do balanço de pagamentos, que registra transações envolvendo a compra e venda de ativos não financeiros e não produzidos e transferências de capital.

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Apenas em julho, o saldo líquido de criptoativos foi negativo em US$ 1,369 bilhão, sendo despesas de US$ 1,424 bilhão e receitas de US$ 55 milhões. Um ano antes, o resultado foi negativo em US$ 1,065 bilhão.

E mesmo com essas mudanças, o Brasil teve um déficit em transações correntes de US$ 5,2 bilhões em julho, resultado pior que o esperado pelo mercado, com expectativa em pesquisa da Reuters apontando para um saldo negativo de US$ 4 bilhões.

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