A Polícia Civil de Brasília investiga o sequestro de Marlon Gonzalez Motta, acusado de aplicar golpes em investidores usando Bitcoin e outra criptomoedas. Conforme o site Metrópoles, o jovem, que tem 23 anos, foi pego por dois empresários ao sair de uma festa no último domingo.
A dupla, diz a reportagem, teria sido vítima de um golpe. Eles estavam armados e conseguiram render os seguranças de Marlon e levá-lo para um cativeiro. O suposto estelionatário levou coronhadas na cabeça e, com as armas apontas para sua cabeça, foi obrigado a transferir R$ 152 mil em Bitcoin para duas carteiras.
Marlon ficou conhecido por levar uma vida de ostentação amplamente documentada em seu perfil do Instagram. Marlon finge ser megainvestidor e tem persuadido vários operadores financeiros a pagarem fortunas em transações envolvendo criptomoedas. Ele usa as redes sociais para retratar seu sucesso, com lanchas, carros de luxo e viagens a locais paradisíacos.
Ainda de acordo com o site de brasiliense, após ser libertado o jovem foi deixado nas proximidades de um hospital.
No dia seguinte, investigadores da polícia identificaram os sequestradores, que foram presos no local do cativeiro. Um deles foi flagrado limpando o sangue de Marlon que escorrera até o chão.
A dupla, que não teve o nome revelado, vai responder por extorsão qualificada e porte de arma. Vão, contudo, responder ao processo em liberdade.
Golpes e Bitcoin
A Polícia Civil do DF já vinha investigando vários golpes financeiros aplicados por Marlon. Ele era acusado de usar bitcoin e criptomoedas para atrair vítimas e de viaja o mundo procurando jovens investidores.
De acordo com o Metróles, Marlon pode ter feito mais de R$ 3 milhões com falsas promessas. Os golpes são aplicados em jovens da alta classe que ele geralmente aborda em festas e que estão começando a atuar no mercado financeiro.
Ele já é conhecido da polícia de Taguatinga e responde a pelo menos cinco inquéritos. Dentre eles estão crimes comuns de fraude, estelionato e associação criminosa.
O golpista foi descoberto após um cúmplice ser pego com identidade falsa. Por meio da averiguação da polícia, foram encontrados com ele documentos que comprovam sua relação com a empresa M3 Private, de propriedade de Marlon.
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