O Bitcoin e o Ethereum estão se recuperando depois de enfrentar uma quarta-feira (1º) com preços quase 10% mais baixos do que no dia anterior.
Na manhã desta quinta-feira (2), o preço do Bitcoin está em torno de US$ 58.228, com uma recuperação de 1,2% nas últimas 24 horas. E o preço do Ethereum, após subir 3,6% no último dia, agora está sendo negociado por pouco menos de US$ 3.000, de acordo com dados do CoinGecko.
Mas o estrago já foi feito. Segundo a CoinGlass, nas últimas 24 horas foram liquidados mais US$ 193 milhões em contratos futuros de criptomoedas, somando-se aos US$ 300 milhões em liquidações vistos no início desta semana.
O economista e trader Alex Krüger explicou que este ciclo atual parece tão diferente para os traders porque foi em grande parte impulsionado pelo interesse nos ETFs de Bitcoin à vista, que começaram a ser negociados apenas em janeiro deste ano nos EUA.
“Quase não houve entrada de novos investidores de varejo em cripto”, escreveu ele no X. “Tem sido principalmente compradores de ETF e participantes anteriores do ciclo redesdobrando e saindo da curva de risco.”
Analistas atribuíram em grande parte a queda nos preços das criptomoedas ao medo no mercado sobre a certeza entre os investidores de que o Comitê Federal de Mercado Aberto — que define a política monetária e controla as taxas de juros federais dos EUA — não reduziria as taxas. Então o Fed fez exatamente o que a maioria dos investidores pensava que faria, mantendo as taxas de juros inalteradas, e os ativos digitais negociaram de lado.
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Durante uma coletiva de imprensa ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse aos repórteres que a luta para fazer a inflação chegar a 2% tem sido difícil, mas acrescentou que achava “improvável que a próxima mudança na taxa de política seja um aumento”.
“Eu diria que é improvável”, disse ele, mas alertou que era “provável que demorasse mais para ganharmos confiança de que estamos em um caminho sustentável para a inflação de 2%”.
Mas até o presidente Joe Biden tem sido otimista de que o Fed ainda reduzirá as taxas este ano. “Eu mantenho minha previsão de que antes do final do ano, haverá um corte nas taxas”, disse ele durante uma coletiva de imprensa no Japão no mês passado. “Isso pode atrasar um mês ou algo assim, não tenho certeza disso.”
Ele estava se referindo ao relatório de inflação de março, que foi mais quente do que o esperado, e que acabara de ser divulgado na época.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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