Imagem da matéria: Bitcoin e Ethereum sobem após queda da inflação nos EUA em março
Imagem criada por Decrypt com uso de IA

O preço do Bitcoin subiu ainda mais nesta quinta-feira (10) após a divulgação de um importante indicador de inflação nos Estados Unidos, que mostrou que os preços ao consumidor aumentaram menos do que o previsto no mês passado.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 2,4% nos 12 meses encerrados em março, informou o Bureau of Labor Statistics. Economistas esperavam uma alta anual de 2,6% para o indicador, que mede as variações de preços em uma ampla cesta de bens e serviços.

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A chamada inflação “núcleo”, que exclui alimentos e energia por serem componentes mais voláteis, subiu 2,8% no mesmo período — também abaixo das expectativas. O número representa uma melhora significativa em relação a fevereiro, quando o núcleo da inflação havia subido 3,1% na base anual.

O aumento do índice em março foi impulsionado pela alta no preço de veículos novos, mas parcialmente compensado pela queda nos preços de carros e caminhões usados.

Empresas estão monitorando de perto como os consumidores irão reagir à perspectiva de preços mais altos sob o regime comercial do presidente Donald Trump. Até o momento, os preços ao consumidor caíram 0,1% em relação a fevereiro — a primeira queda mensal desde 2020, segundo o BLS.

Uma hora após a notícia, o preço do Bitcoin girava em torno de US$ 82 mil, com alta de 7,5% nas últimas 24 horas, de acordo com o CoinGecko. Os preços de Ethereum e Solana também subiram 8% cada, sendo negociados em torno de US$ 1.600 e US$ 114, respectivamente.

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O relatório de inflação desta quinta-feira foi divulgado após a decisão de Trump de adiar, por 90 dias, o aumento das tarifas comerciais para a maioria dos países — medida que trouxe alívio imediato aos mercados, abalados nas últimas semanas pela postura instável da Casa Branca em relação ao comércio exterior.

Trump reduziu sua tarifa “recíproca” para 10% em 90 países envolvidos em seu anúncio do “Dia da Libertação”. Por outro lado, aumentou as tarifas sobre importações da China para 125%, intensificando a guerra comercial com um dos maiores adversários e parceiros comerciais dos EUA.

O presidente havia anunciado recentemente uma tarifa de 25% sobre carros e autopeças importados, que foi implementada na semana passada — e permanece em vigor.

Segundo Valentin Fournier, analista da BRN, a manobra comercial de Trump trouxe ao mercado a tão necessária clareza. Ele afirma que o rali nas bolsas é sustentado pela expectativa de que o conflito não se amplie, caso prevaleça o caminho das negociações com outros países.

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“A possibilidade de negociações contínuas pode sustentar uma tendência de alta prolongada”, escreveu Fournier em nota nesta quinta-feira. “O pior cenário de guerra comercial foi deixado de lado — ao menos temporariamente.”

O Federal Reserve vinha adotando uma postura de cautela, acompanhando como as tarifas de Trump poderiam afetar sua capacidade de controlar a inflação. O banco central dos EUA manifestou preocupação com os impactos da política comercial do presidente já em dezembro.

Embora a leitura da inflação desta quinta ainda esteja acima da meta de 2% do Fed, ela representa o segundo mês consecutivo em que tanto o CPI quanto seu núcleo registraram queda.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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