Bitcoin despenca após Elon Musk anunciar que Tesla não vai mais aceitar a criptomoeda

Preço cai mais de US$ 3 mil poucos minutos após tweet do bilionário
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Empresário Elon Musk Foto: Shutterstock

Em um tweet publicado na noite desta quarta-feira (12), o CEO da Tesla, Elon Musk, disse que a empresa não aceitará mais Bitcoin como pagamento, citando seu gasto de energia.

O Tweet diz: “Tesla suspendeu a compra de veículos usando bitcoin. Estamos preocupados com o rápido crescimento do uso de combustível fóssil pela mineração e transações de bitcoin, especialmente carvão, que tem a pior emissão entre os combustíveis. Criptomoeda é uma boa ideia em muitos aspectos e acreditamos ter um futuro promissor, mas não pode vir ao custo do meio ambiente. Tesla não vai vender nenhum bitcoin e pretendemos usa-los para transações assim que a mineração usar mais energia sustentável. Também estamos procurando por outras criptomoedas que usem menos de 1% da energia/transação bitcoin”

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Minutos após o tweet, o preço do bitcoin caiu mais de US$ 3 mil, saindo de US$ 54.700 para US$ 51.600.

A Tesla começou a aceitar o BTC como pagamento no início deste ano, após relatar um investimento de US$ 1,5 bilhão na moeda. A entrada da montadora no mercado precipitou um aumento no preço – de US$ 39.000 no momento do anúncio em 8 de fevereiro para US$ 53.000 uma semana depois.

O Bitcoin usa algo chamado de prova de trabalho para coordenar o consenso de todos os computadores que executam o software. Para proteger a rede, computadores especializados tentam resolver enigmas criptográficos complexos. O primeiro a fazer isso ganha novos bitcoins recém minerados. Como a velocidade é importante, os “mineradores” com maior poder de computação vencem com mais frequência. E essa energia consome muita eletricidade. Um estudo recente da Universidade de Cambridge colocou o consumo anual de energia mais alto do que o da Argentina.

Mas, muitos dizem que grande parte da rede funciona com fontes de energia limpa e renovável, incluindo energia hidrelétrica. Um relatório de setembro de 2020, também de Cambridge, estima o número em 39%. Segundo a CoinShares, gestora de ativos cripto, chega a 77%.