O Bitcoin começou a desabar na tarde de quinta-feira (20) e, na manhã desta sexta (21), a queda continuou. Junto com o ativo derrete praticamente o mercado de criptomoedas.
Segundo dados do Coinmarketcap, o Bitcoin (BTC) opera em baixa de 7,3% e é vendido a US$ 39.021. O ativo chegou a ficar na faixa dos US$ 38 mil.
O Índice de Preço do Bitcoin (IPB) está cotado em R$ 214.414.
A explicação parece ser o fato de que o Bitcoin passou muito tempo em um platô, tendo chegado um ponto no qual os investidores com aversão ao risco não suportaram mais suas posições no ativo.
Liquidações em massa passaram a ocorrer, em um efeito em cadeia. Segundo a CoinGlass, foram US$ 600 milhões liquidados em 12 horas: US$ 250 milhões em Bitcoin, US$ 163 milhões em Ethereum e US$ 10,9 milhões em Solana.
Reportagem do Coindesk mostra dois aspectos da queda. Um é o fato do preço ter caído e, diferente de outras ocasiões, não ter tido um efeito rebote de subida (mesmo que leve) logo em seguida.
Diretor de pesquisas da exchange Huobi, Li Hui disse ao veículo que “a queda foi muito fluida e não houve rebote significante” e que o “sentimento do mercado é de pessimismo”.
O veículo ainda ressalta que o mercado deve ter sido pego de surpresa, pois ainda existem muitas ordens de compra e venda abertas em preços entre US$ 45 mil e US$ 46 mil.
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Ethereum (ETH) está em queda de 8,41% e é cotado em US$ 2.877.
Despencam Binance Coin (-8,46%), Cardano (-8,93%), Solana (-9,05%), XRP (-6,72%), Polkadot (-7,77%), Dogecoin (-6,43%), Avalanche (-9,45%) e Shiba Inu (-7,26%).
O cenário lembra o dia 6 de janeiro, quando 99 das 100 maiores criptomoedas do mundo operavam em forte baixa e o Bitcoin registrava queda de 8,7%.
Turbulências na Rússia
Na quinta-feira (20) também foi divulgado que o Banco Central da Rússia fez uma apresentação para jornalistas na qual se posicionou a favor do banimento total das criptomoedas no país.
Reportagem do portal Coindesk afirma que a proposta foi feita por Elizaveta Danilova, diretora do Deparatmento de Establidade Financeiro do Banco da Rússia, em um relatório intitulado “Criptomoedas: tendências, riscos e medidas”.
O relatório diz que as criptomoedas são voláteis e vastamente utilizadas para atividades criminosas. Além disso, aponta que a facilidade com que permitem a mobilidade de ativos entre países dificulta o poder do Estado em implementar sua política monetária.
As conclusões foram que a Rússia precisa de novas leis que consigam efetivamente banir as criptomoedas e as atividades relacionadas ao setor.