Números e letrs douradas sob um placa formam símolo do Real brasileiro
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O Banco Central do Brasil (Bacen) publicou, nesta segunda-feira (3), a documentação com as orientações para a participação no projeto-piloto do Real Digital (CBDC brasileira), em um arquivo público e colaborativo no GitHub. O repositório recebeu o nome de “Kit Onboarding — Piloto Real Digital”, e pode ser acessado por qualquer um, na plataforma aberta.

Após a públicação, já surgiram alguns questiomentos na plataforma. Um usuário do Github perguntou: “Serão disponibilizados os endereços e o código fonte dos contratos para o público? Qual explorador de blocos será usado?”.

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Logo depois, outro fez nova cobrança, mas mais incisivo: “Eu também gostaria do código fonte, afinal foi criado utilizando recursos públicos, deveria ser aberto para que todos pudessem auditar e sugerir melhorias. Porque é que software criado com dinheiro dos contribuintes não é Software Livre?”.

São quatro categorias documentadas na plataforma:

O GitHub é uma plataforma e serviço em nuvem para o desenvolvimento de softwares. E também um palco para o desenvolvimento de Softwares de Código Aberto (OSS, para Open Source Software, em inglês).

É muito utilizado por desenvolvedores de aplicações descentralizadas, em uma espécie de rede social e plataforma colaborativa para a criação, desenvolvimento, acompanhamento, auditoria e atualização destas aplicações abertas.

O projeto do Real Digital poderá abrir as portas para que entes estatais — como prefeituras e estados — mantenham carteiras de criptomoedas, algo que não é previsto pela legislação atual. A afirmação é do senador Carlos Portinho (PL), durante participação no evento Criptorama/Money Monster Brazil, que aconteceu mês passado (7 de junho) em Brasília.

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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, havia detalhado, alguns dias antes, a sua visão sobre a estrutura que está sendo construída para o Real Digital. O executivo participou do seminário Valor Capital’s Workshop e ressaltou que “pagamentos digitais são apenas uma pequena parte” do que a entidade está construindo.

Campos Neto reconheceu que isso pode parecer contraintuitivo, já que maioria dos outros governos e bancos centrais desenvolvendo suas CBDCs estão focados em criar uma solução por meio de um sistema de pagamentos.

“Para pagamentos diários ou transfronteiriços nós já temos o Pix”, disse Roberto Campos Neto. O sistema pode ser usado para pagamentos ponto a ponto no Brasil e também fora do país, como acontece em Orlando (EUA) e no Uruguai.

O consórcio liderado pelo MB (Mercado Bitcoin) com Mastercard, CERC, Sinqia e agora, a Genial Investimentos, foi recentemente (22 de junho) admitido no projeto do Real Digital, depois de recurso amplo apresentado ao Banco Central (Bacen).

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