Arábia Saudita e Emirados Árabes se juntam para lançar criptomoeda

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(Foto: Shutterstock)

Os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita vão lançar uma criptomoeda para pagamentos transfronteiriços entre os bancos centrais e locais das duas nações vizinhas, conforme a Emirates News Agency, uma agência de notícias estatal.

A decisão foi tomada após uma reunião na capital dos Emirados, Abu Dhabi, no sábado (19), que contou com 16 representantes de ambos países. Eles trataram de uma estratégia que já havia sido delineada e que incluía áreas de colaboração entre os dois estados.

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Os dois governos possuem o segundo maior fundo soberano combinado do mundo.

Conduzida pelo Comitê Executivo do Conselho de Coordenação dos Emirados Árabes Unidos, a reunião tratou sobre o estabelecimento de uma integração, sendo sete pautas diferentes. A criação de uma criptomoeda-piloto foi uma delas.

As áreas discutidas da integração bilateral foram do setor financeiro, turismo, segurança, entre outros.

O comitê, encarregado de garantir a implementação das iniciativas conjuntas, é liderado pelos ministros Mohammad bin Abdullah Al Gergawi, do lado dos Emirados Árabes, e Mohammed Bin Mazyad Altwaijrid, do lado da Arábia Saudita.

Além de facilitar as transferências internacionais, a criptomoeda também vai servir como uma experiência para facilitar o entendimento sobre a tecnologia emergente blockchain para os dois países, diz a reportagem.

Emirados na frente da Arábia Saudita

Os Emirados Árabes foram um dos primeiros países a estabelecer uma regulação para o mercado de criptomoedas.

Em fevereiro de 2018, o DMCC, maior centro de negociação governamental de Dubai, emitiu a primeira licença para negociação em criptomoedas no país.

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Em dezembro do mesmo ano a autoridade de valores mobiliários emiradense também regulou a emissão de ICOs, reconhecendo os produtos ofertados como títulos.

Mas não é tudo, instituições do país já transformaram cheques comuns em ‘cheque-chain’, ou seja, emitidos via blockchain, e também emitiram certificados financeiros por meio da nova tecnologia.

Isso mostra o quanto autoridades dos Emirados Árabes Unidos estão focadas em tecnologias disruptivas. Há três anos o governo já estudava transferir toda sua base documental para blockchains, relatou a CCN.

Em meio à crise global do mercado de criptomoedas e incertezas em regulamentações, essas e outras iniciativas dos países orientais chamam a atenção de empresas de blockchain que desejam expandir seus negócios.

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O país já acolheu a exchange de criptomoedas Huobi e, conforme a reportagem, planeja lançar um serviço de pagamento transfronteiriço em parceria com a RippleNet ainda neste ano.


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