O alemão Igor Wallossek, fundador da empresa de TI igor’sLAB, publicou um artigo explicando como modificar uma placa da Nvidia para torná-la mais eficiente no consumo de energia, mantendo sua eficiência para videogames em 4k.
No teste, Wallossek considerou a placa NVIDIA GeForce RTX 3090 Ti SUPRIM X, que mudou o consumo do dispositivo de 500 Watts para 300 Watts, mantendo seu poder de computação. O relatório da experiência, ou seja, o que aconteceria com a mudança, foi publicado pelo especialista na semana passada na página da igor´s LAB.
“O que realmente acontece quando você desacelera com força e astúcia uma GeForce RTX 3090 Ti, que engole até 500 watts em ultra HD, para 300 watts?”, diz o início do artigo.
Em resumo, Wallossek explica que, ao limitar o uso da placa a uma potência de 300W, bem como as curvas de voltagem e frequência, haverá uma queda de 37% em sua classificação TGP (sigla em inglês para Potência Gráfica Total).
Segundo o relatório, os testes foram feitos com 10 jogos diferentes e em resolução 4K. Como descreve o texto, com modificação, a “GeForce RTX 3090 Ti vira a lista de eficiência de cabeça para baixo”.
Como descreveu o WCCFTECH ao comentar o assunto, a RTX 3090 é a placa de vídeo com mais consumo de energia já lançada, consumindo mais de 500 Watts de energia e exigindo soluções massivas de resfriamento de GPU para manter o calor sob controle.
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Contudo, de acordo com o site, o teste é bom apenas para fins de demonstração de eficiência e não um caso de uso prático. Mas, em teoria, a placa gráfica NVIDIA GeForce RTX 3090 Ti ajustada para TDP de 300W oferece maior eficiência e desempenho de jogos mais rápido que a concorrente AMD 6900 XT.
Técnica é conhecida como overclocking
Em teoria, a modificação também poderia prover maior lucro para mineradores de criptomoedas, segundo o brasileiro Denny Torres, que é especialista em mineração. A alteração é conhecida como overclocking.
“Esse ajuste a gente tem que fazer placa por placa. Já existe uma tabela de overclock padrão; algumas placas aceitam um pouquinho mais, outras um pouquinho menos”, disse Torres ao Portal do Bitcoin.
Ele deu um exemplo na mineração do Ethereum onde utiliza-se mais a memória que a GPU: “Então, quando a gente faz o ajuste do overclock, a gente abaixa o consumo da GPU e aumenta o da memória”.
O ajuste, ressalta, faz com que a placa gaste menos energia, esquente menos e produza mais ETH. Segundo ele, existem criptomoedas que usam mais a GPU e então acabam consumindo mais energia.
“A magia do negócio é essa, é você regular as tensões da placa para que elas possam trabalhar com maior eficiência — trabalhando mais gastando menos”, concluiu.