Imagem da matéria: Corretora BitMart promete compensar vítimas por hack de US$ 196 milhões
Foto: Shutterstock

Sheldon Xia, CEO da BitMart, disse que a corretora de criptomoedas irá reembolsar com seu próprio dinheiro usuários que foram vítimas de um enorme hack no último sábado (4).

Nesta segunda-feira (6), Xia confirmou, no Twitter, que o incidente foi causado pelo roubo de uma chave privada de duas carteiras quentes (ou “hot wallets”, conectadas à internet) da BitMart.

Publicidade

“A BitMart irá usar seu próprio dinheiro para cobrir o incidente e compensar usuários afetados”, afirmou Xia.

“Também estamos conversando com diversas equipes de projeto para confirmar as soluções mais razoáveis [para o reembolso], como conversões de tokens. Nenhum ativo de usuários será afetado.”

De acordo com um anúncio oficial, a BitMart sofreu “uma violação de segurança de grande escala”, que resultou no comprometimento das carteiras quentes de tokens Ethereum (ETH) e Binance Smart Chain (BSC).

Diferente das chamadas “carteiras frias” (ou “cold wallets”), que geralmente são dispositivos de hardware, como pen drives, criados para armazenar criptomoedas off-line, “carteiras quentes” (ou “hot wallets”) são conectadas à internet, permitindo transações mais rápidas e fáceis.

A conveniência de usar carteiras quentes tem uma desvantagem: são mais vulneráveis a ataques on-line.

O anúncio da BitMart informou que os hackers conseguiram roubar cerca de US$ 150 milhões em fundos.

No entanto, de acordo com a empresa de segurança em blockchain PeckShield, o prejuízo total estimado é próximo de US$ 200 milhões, com aproximadamente US$ 100 milhões em ativos emitidos no blockchain Ethereum e cerca de US$ 96 milhões em ativos desenvolvidos no BSC.

Publicidade

Analisando o hack à BitMart

A PeckShield percebeu a violação no sábado à noite, destacando a saída de dezenas de milhões de dólares de um dos endereços da BitMart.

Os analistas afirmaram que o ataque foi “bastante simples”: o invasor converteu os tokens roubados no agregador de corretoras descentralizadas (ou DEXs) 1inch e usou Tornado Cash, um serviço de mixing para o blockchain Ethereum, para ofuscar suas identidades.

“As carteiras quentes de ETH e da BSC afetadas tinham uma pequena porcentagem de ativos na BitMart e todas as nossas outras carteiras estão seguras e não foram afetadas”, afirmou a corretora.

Atualmente, a corretora com sede nas Ilhas Cayman está realizando “uma revisão minuciosa de segurança” e temporariamente suspendeu todos os depósitos e saques.

Publicidade

Xia disse que a equipe está “confiante” de que essas funções serão gradualmente restauradas nesta terça-feira (7).

O incidente da BitMart aconteceu menos de 72 horas depois de BadgerDAO, uma organização autônoma descentralizada (ou DAO), que leva o bitcoin (BTC) ao mundo das Finanças Descentralizadas (ou DeFi), ter sido vítima de um hack de US$ 120 milhões.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização de Decrypt.co.

VOCÊ PODE GOSTAR
Uma pessoa segura um celular que mostra figuras grandes e vermelhas em formato triangular de alerta de vírus

Popular carteira da Solana pede que usuários façam backup com urgência

Usuários que não fizeram backup das chaves privadas perderam o acesso aos seus fundos após baixar uma atualização
Imagem da matéria: Trump nomeia Elon Musk para liderar D.O.G.E, nova agência de eficiência governamental

Trump nomeia Elon Musk para liderar D.O.G.E, nova agência de eficiência governamental

O objetivo da agência é simplificar o governo dos EUA, reduzindo a burocracia, os custos e criando uma estrutura mais enxuta e responsável
Imagem da matéria: Sbaraini: empresa suspeita de fraude cripto tenta anular inquérito policial no STJ

Sbaraini: empresa suspeita de fraude cripto tenta anular inquérito policial no STJ

Sócios da Sbaraini, alvos da Operação Ouranós da PF, tentam se livrar das investigações argumentando que o inquérito teve início de forma ilegal
Rodrigo dos Reis, RR Consultoria

Quem é Rodrigo dos Reis, “Coach de Bitcoin” que usava religião para enganar pessoas 

Uma das vítimas da RR Consultoria descreveu Rodrigo como um “especialista em enganar”; ele usava religião para atrair investidores para seu golpe cripto