Imagem da matéria: Empresa do Vale do Silício escaneia globos oculares em troca de criptomoedas
Foto: Shutterstock

O mundo digital depende de globos oculares. Quase todos os sites que você visita compete por leitores, então sua atenção pode ser monetizada por meio de anúncios.

Um dos principais participantes do setor de tecnologia do Vale do Silício ajudou a tornar globos oculares tão valiosos ao ponto de apresentar um novo uso para eles: criar criptomoedas.

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Worldcoin, uma “nova criptomoeda global” desenvolvida pelo ex-presidente da Y Combinator Sam Altman, junto com Max Novendstern, parceiro de investimentos da Brigewater, e Alex Blania, estudante de computação quântica na Cal Tech, está saindo do “sigilo” nesta quinta-feira (21) e apresentando o hardware por trás do projeto.

Worldcoin, cujos detalhes haviam sido vazados para a Bloomberg em junho, é um token desenvolvido na Ethereum. A ideia é distribui-lo a qualquer pessoa no mundo de graça, como uma espécie de renda básica universal.

“Muitas pessoas ao redor do mundo ainda não têm acesso aos sistemas financeiros”, explicou Blania à Bloomberg. “Cripto tem a oportunidade de nos ajudar a chegar lá.”

No entanto, existe um detalhe: você precisa dar um jeito de escanear seus glóbulos oculares pelo dispositivo de hardware desenvolvido pelo trio.

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Chamado de “the Orb”, o dispositivo captura uma imagem dos olhos de uma pessoa para determinar se são verdadeiros e já não foram escaneados.

Qualquer pessoa que já esteja familiarizada com os procedimentos de identificação de clientes (ou KYC, na sigla em inglês) de corretoras como Binance e Coinbase, devem reconhecer algo nesse processo.

No entanto, essa verificação tem nada a ver com KYC, e sim com identidade pessoal.

De acordo com uma publicação no blog da Worldcoin, essa imagem é traduzida em código, então não precisa ser armazenada.

Além disso, “nenhuma outra informação pessoal é necessária”. Você não precisa fornecer seu nome nem seu endereço. Mostre apenas sua retina, por favor. Aqueles que não quiserem ser escaneados ainda podem usar a Worldcoin, mas não de forma gratuita.

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Worldcoin afirma ter cadastrado 25 operadores responsáveis por 30 orbs em quatro continentes. A previsão é que, após a distribuição inicial, pode apresentar 50 mil orbs ao mercado anualmente.

Em entrevista ao Decrypt, a equipe da Worldcoin afirmou que os operadores serão pagos em criptomoedas e receberão WLD quando a moeda for lançada.

“Até agora, operadores de orb não tiveram de pagar pelos orbs. Se inscrevem e, se forem selecionados, recebem um orb”, afirmou um porta-voz.

Grandes investidores acreditam que a Worldcoin está no caminho certo. A rodada de financiamento “series A” foi liderada por ninguém menos que Andreessen-Horowitz (a16z), que começou a financiar o Facebook quando seus criadores ainda estavam na universidade.

Digital Currency Group (DCG), Coinbase Ventures e Multicoin são alguns dos outros nomes que investiram na Worldcoin, junto com Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn.

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“Embora uma criptomoeda adotada no mundo inteiro pode abrir as portas sociais e econômicas para bilhões de pessoas, criptomoedas ainda são uma tecnologia que está na fase inicial de adesão e, até agora, só atingiu 3% da população mundial”, segundo um comunicado de imprensa. “A Worldcoin espera mudar isso rapidamente.”

O projeto espera que outros compartilhem a mesma visão.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.

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