A exchange Coinbase anunciou na noite de quarta-feira (8) que iria listar a criptomoeda Shiba Inu (SHIB) na sua plataforma profissional de trade, fazendo o preço da moeda disparar 20% nas últimas 24 horas. De acordo com um tweet da corretora, a moeda estará disponível para negociação a partir das 13h (de Brasília) desta quinta-feira (9).
A Coinbase destacou que quando houver fornecimento suficiente, os livros de pedidos de SHIB com os pares USD e USDT serão lançados em três fases: post-only, limit-only e negociação total. Caso as condições não atendam à avaliação da exchange de um mercado saudável e ordenado, o trade pode ser suspenso.
Essa já é a segunda vez que a Coinbase Pro sinaliza o interesse em trazer a criptomoeda meme para a plataforma. Quando anunciou a listagem pela primeira vez em junho, a moeda acabou não sendo disponibilizada para trade por causa de uma série de problemas técnicos.
Três meses depois, a corretora retorna com a listagem oficial da SHIB. Vale lembrar que o token estará disponível apenas na versão ‘Pro’ da Coinbase, e não na Coinbase.com ou na versão mobile da exchange.
Alta da Shiba Inu
Assim como aconteceu três meses atrás, a Shiba Inu aproveitou o “efeito Coinbase” para valorizar. Pouco mais de uma hora depois do anúncio da listagem, o preço da moeda saltou de US$ 0,0000058 para uma máxima no dia de US$ 0,0000079 — uma valorização de 36% segundo o CoinMarketCap.
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Nesta quinta, a cotação do token recua para US$ 0,0000071, mas ainda é capaz de manter uma alta de 20% no dia. Apesar da recuperação, a SHIB ainda está muito distante da máxima histórica de US$ 0,000038 que alcançou em meados de maio, época em que a moeda valorizou 40.000%.
A boa fase da Shiba Inu passou rápido e desde então, a meme coin perdeu mais de 80% dos seus ganhos, caindo para a 55ª posição no ranking das principais criptomoedas do mercado, com uma capitalização atual de US$ 2,8 bilhões.
A Shiba Inu é uma das principais meme coins que tentaram surfar no hype da Dogecoin (DOGE). Um dos seus pontos negativos, no entanto, era um fornecimento exagerado de 1 quatrilhão de SHIB, problema que o projeto tentou resolver enviando metade de todos os tokens emitidos para a carteira de Vitalik Buterin, o criador do Ethereum.
Buterin resolveu queimar boa parte dos tokens que recebeu — na época uma quantia equivalente a US$ 6,7 bilhões — antes de doar uma parcela das moedas para um projeto de apoio às vítimas da Covid-19 na Índia.
Apesar da boa ação, a desvalorização e a sua falta de liquidez da SHIB permitiu que apenas 2% de trilhões de tokens doados por Buterin para caridade fossem usados.