O preço do Bitcoin chegou a cair 70% desde o dia 17 de dezembro de 2017, quando esteve a US$ 19.666 e inciou a queda, chegando a menos de US$ 6.000 hoje.
A capitalização de mercado combinada da indústria agora é de apenas US$ 300 bilhões, valor esse que já foi superior a US$ 800 bilhões. O bitcoin representa 36% dessa equação.
Essa é uma queda muito considerável para qualquer mercado, mesmo para o das criptomoedas que já apresenta uma volatilidade acima do normal. No entanto, um crash de preços no Bitcoin ou em qualquer outra criptomoeda não é novidade. Bitcoin morre e volta à vida regularmente.
Existe um site que contabiliza o número de ”mortes” do bitcoin, baseado nas manchetes que comentam sobre. 2017 foi o mais mortal, com 109 histórias proclamando o fim do bitcoin.
Na tabela abaixo, é possível ver e compar as diversas grandes quedas que o bitcoin já teve desde seu ”nascimento”.
A maior queda, e a que também mais durou, foi a do final de 2013, que iniciou com uma valorização fora do normal, onde o bitcoin iniciou o ano em US$ 11 e chegou a mais de US$ 1.000 no final do mesmo, e terminou com o histórico roubo do MtGox, o que desencadeou em mais de um ano de tendência de baixa, fazendo o preço sair dos US$ 1.163 e ir até US$ 152 em 2015.
Essa forte alta e queda em 2013 lembra um pouco o que estamos vendo agora em 2017-18. Não acredito, embora, que iremos desencadear em mais de um ano de tendência de baixa, principalmente porque o mercado hoje é outro perto do que era em 2013. Atualmente existe uma forte indústria por trás movimentando a criptoeconomia. Em 2013, não tínhamos nada praticamente e o que tínhamos de bom foi pro espaço com o roubo da MtGox, a maior exchange de bitcoin no mundo na época.
O que está causando o crash atual do Bitcoin?
Toda uma série de más notícias levou a uma enorme desaceleração nas criptomoedas. A Bitfinex está atraindo a ira da Comissão de Negociação de Futuros de Mercadorias dos EUA porque o site oferece aos usuários uma opção para amarrar sua moeda ao dólar americano. A coisa mais suspeita sobre isso é que aparentemente nem a Bitfinex nem a Tether podem provar que eles têm dinheiro suficiente em contas bancárias para fazer apoiar os tokens USDT.
A Índia e China, dois países com grande quantidade de pessoas e um bom volume de negociação de bitcoin também sofreram algumas repressões dos governos em relação às criptomoedas.
A Coreia do Sul já provou não ter intenção de proibir a negociação de criptomoedas, como muitos afirmavam que iria acontecer. Mas o governo tomou medidas para remover o anonimato dos investidores e proibiu as exchanges locais de oferecer serviços para menores de idades e pessoas de fora do país.
Grandes bancos internacionais como JP Morgan, Bank of America e o maior banco comercial britânico LLoyds não estão mais deixando seus clientes comprarem criptomoedas com cartões de crédito da empresa, alegando riscos de inadimplência. Notícias como essa não afetam muito diretamente, mas entram na cabeça do investidor como algo negativo ou um ataque ao bitcoin.
A propósito, o Dow Jones atingiu uma mínima de três semanas graças ao aumento das taxas de títulos do governo dos EUA. Não é apenas o mercado de criptomoedas que está queimando.