Reguladores da China anunciaram nesta terça-feira (6) que baniram a empresa ‘Beijing Qudao Cultural Development Limited’, fundada em 2016, por oferecer o serviço de desenvolvimento de software para negociação de criptomoedas.
A ação foi tomada em conjunto pelo Departamento de Administração de Empresas do PBoC, que faz parte do Banco Central do país, e pelo Escritório de Administração e Supervisão Financeira. Os dois têm sede em Pequim, na capital.
“Cancelamos uma empresa que fornece serviços de software para transações em moeda virtual e fechamos seu site; nenhuma instituição pode fornecer serviços para transações em moeda virtual”, escreveram as entidade em um grupo no Wechat.
O jornalista Wu Blockchain, que cobre o mercado chinês de criptomoedas, disse no Twitter que o governo enfatizou seguir as normas do Banco Central da nação asiática, que no mês passado pediu para instituições financeiras reforçarem o combate às criptomoedas.
O site The Block, ao verificar a base no cadastro de empresas chinesas, revelou que a Beijing Qudao foi criada em 2016 e atuava nas áreas de marketing, relações públicas, modelagem e entretenimento.
Repressão contra as criptomoedas
A repressão do governo da China contra empresas ligadas a criptomoedas tem se intensificado neste ano.
Em maio, o Conselho de Estado discutiu maneiras de prevenir e controlar com “firmeza” os riscos financeiros no contexto pós-pandemia. Enquanto isso, o governo promove o uso de sua criptomoeda própria, o yuan digital.
Neste ano, diversas províncias proibiram a mineração de criptomoedas, o que gerou um êxodo de empresas do setor para outros países, como os Estados Unidos.
Além disso, o país reiterou que bancos não podem fornecer serviços relacionados a criptomoedas e pediu para as instituições financeiras combaterem o setor.