Imagem da matéria: Por que o banimento de Trump no Twitter é bom para o Bitcoin?
(Foto: Shutterstock)

Acredite, a conta do Presidente dos EUA na rede social Twitter foi suspensa. O todo-poderoso da maior economia do planeta também foi banido do Facebook e Instagram. As plataformas alegam que Trump violou sucessivamente as regras de utilização, além de não ter reprimido a violência após a invasão ao Congresso em 6 de janeiro.

Migrando para uma rede social alternativa

Diversos seguidores de Trump, que encaminhavam suas mensagens, também foram expulsos das redes. Imediatamente, estes usuários buscaram amparo de aplicativos considerados livres. O próprio Trump já havia recomendado a rede social Parler, por exemplo, historicamente reduto dos republicanos conservadores.

Publicidade

Outra rede social concorrente do Twitter, o Gab, também teve uma explosão de novas contas. O mesmo ocorreu com o Telegram e Signal, concorrentes do Whatsapp. Para piorar a situação, a Amazon Web Services (AWS) afirmou que não mais aceitaria a rede social Parler como cliente. O provedor alega que não pode compactuar com um aplicativo que permite incitação de violência e troca de mensagens com conteúdo inadequado.

O impacto da censura

Pela primeira vez, talvez na história, cidadãos pacíficos norte-americanos sentiram na pele a censura. Embora a Constituição do país garanta o direito de livre expressão, devemos lembrar que os servidores e aplicativos são empresas privadas. Deste modo, são livres para censurar e escolher quais clientes desejam atender.

É natural que a busca por aplicativos sem censura seja a primeira alternativa, porém sempre há um ponto de falha. No caso, são os servidores, o provedor de internet, ou similar. Assim que o governo coletar provas de que mensagens em tom ameaçador estão sendo transmitidas, uma nova rodada de censura deverá ocorrer.

O Bitcoin entra na história

Independente de sua opção política, a reação normal das pessoas ao ver sua liberdade cerceada é se reorganizar. Quando os governos impedem nossa frequência em bares e restaurantes, ou circular livremente nas ruas, é natural que uma nova rotina seja formada.

Publicidade

No caso das finanças, a reação dos governos à pandemia acelerou a digitalização do dinheiro, além do trabalho remoto. Isso cria um ambiente muito favorável para as criptomoedas. Devemos lembrar que as pessoas em casa, recebendo auxílio, e tendo menos oportunidades de gastar, tendem a procurar investimentos, ou até mesmo o trade como “profissão”.

Aos poucos as pessoas vão perceber que não são livres para movimentar valores nas cortinas de banco e startups de finanças como Paypal. Isso é bom não só para o Bitcoin, mas para o ecossistema como um todo.


Sobre o autor

Marcel Pechman atuou como trader por 18 anos nos bancos UBS, Deutsche e Safra. Desde maio de 2017, faz arbitragem e trading de criptomoedas.

VOCÊ PODE GOSTAR
Gas Consultoria, Faraó do Bitcoin,Glaidson Acácio dos Santos, pirâmide financeira, Instagram, criptomoedas

Queda Livre: Livro sobre o golpe do Faraó do Bitcoin é lançado nesta sexta-feira

‘Queda Livre — a história de Glaidson e Mirelis, faraós dos bitcoins’ será lançado hoje na Livraria Travessa
Moeda dourada de Bitcoin (BTC) sobre cédulas de cem dólares

Os impactos do halving do Bitcoin e o que ele nos ensina sobre a Economia Global | Opinião

Para o autor, a lei da oferta e da demanda pode impactar o Bitcoin, além de enfatizar a importância da escassez para a inflação
Moedas de bitcoin sob mesa escura com sigal ETF

Queda no fluxo dos ETFs de Bitcoin é passageira e cotação de US$ 150 mil é possível, diz Bernstein

Analistas mantém preço-alvo de US$ 150 mil para o BTC, citando os bilhões de entradas líquidas de ETFs de Bitcoin à vista e a posição saudável dos principais mineradores de Bitcoin após o halving
Imagem da matéria: Transações de Runes dominam rede do Bitcoin e roubam espaço de tokens BRC-20

Transações de Runes dominam rede do Bitcoin e roubam espaço de tokens BRC-20

81% de todas as transações na rede do Bitcoin na terça-feira foram gravações de Runes