O Banco Central das Bahamas lançou na terça-feira (20) sua própria moeda digital baseada em blockchain, tornando-se um dos primeiros países do mundo a tomar a iniciativa.
Chamados de “Sand Dollars”, ou “Dólares de Areia”, em tradução livre, os tokens são representações criptográficas do dólar das Bahamas, criados e regulados pelo banco central do país, que são integrados às redes de pagamentos da ilha caribenha.
Esse é o início de uma “liberação gradual” do Sand Dollars, disse um representante do banco central do país ao Decrypt, que confirmou que seus 385.000 cidadãos podem abrir contas do Projeto Sand a partir de agora e processar transações.
“Eles podem se inscrever hoje. E assim que eles tiverem a carteira Sand Dollar em mãos, eles podem começar a negociar – tanto para o público em geral quanto para os comerciantes ”, disseram eles. Antes do lançamento de hoje, houve um teste em pequena escala que começou em dezembro de 2019.
O banco central autorizou seis instituições financeiras para o Projeto Sand: Omni Financial, Kanoo, SunCash, Cash N Go, Mobile Assist e Money Maxx. Todos menos um foram ao ar hoje, disse o representante, acrescentando que o banco central continuará a integrar e autorizar instituições financeiras, mas que “as [instituições] estão realmente conduzindo isso de agora em diante”.
O banco central das Bahamas projetou o CBDC para complementar o caixa e melhorar o sistema de pagamento existente no país. Em uma página de perguntas frequentes para o projeto, o Projeto Sand afirma que os sistemas de pagamento do país cobrariam taxas de transação insignificantes aos usuários e que a rede é protegida por protocolos de criptografia de alto nível e “padrões KYC / AML aprimorados”.
Ao contrário do Bitcoin, o Sand Dollar é controlado e criado pelo banco central e só pode ser usado para pagamentos domésticos. No entanto, de acordo com o white paper do projeto, o Sand Dollar é baseado na tecnologia de razão distribuída – neste caso, um blockchain.
As Bahamas são um dos primeiros países a introduzir uma moeda digital apoiada pelo governo. A Venezuela tem o Petro – uma criptomoeda supostamente respaldada por barris de petróleo; O yuan digital da China está atualmente sendo testado em Shenzhen; e o governo das Ilhas Marshall está considerando implementar uma criptomoeda chamada SOV.
De acordo com um relatório de janeiro do BIS, mais de 80% dos bancos centrais do mundo estão pesquisando CBDCs. Poucos, porém, progrediram tanto quanto os Bahamenses.
