Duas semanas depois da perícia da administradora judicial indicada pela Justiça, a EXM Partners, encontrar 0,000006 BTC na carteira da empresa de Claudio Oliveira, eis que uma nova foi realizada no dia 15 e divulgada nesta segunda-feira (18). Resultado: foram encontrados 7 mil bitcoins — cerca de R$ 380 milhões em posse do Bitcoin Banco.
No dia 12 de maio, a juíza do caso havia solicitado a realização de uma nova perícia. Conforme o documento, o procedimento foi feito às 14h na sede do Bitcoin Banco para conferir a existência de uma paper wallet.
Estavam presentes Átila Sauner Posse, o perito anterior, Claudio Oliveira, acompanhado de quatro advogados, o advogado da empresa, e Átila Sauner Posse, representando a administrador judicial, com seu assistente especializado em tecnologia, Filipe Ferrarini Gevaerd.
A conclusão da perícia foi descrita da seguinte maneira: “à AJ, que é auxiliar deste Juízo, a ‘paper wallet’ com as citadas criptomoedas”, que possui saldo superior a 7.000 BTC”.
Perícia anterior
No final de abril, de acordo com documento anterior da EMX, houve uma nova reunião na sede das Recuperandas, onde Oliveira e Eduardo Vaz, que agora consta como presidente do GBB, foram indagados a situação dos bitcoins e das transferências das carteiras.
A resposta dada à EMX foi a apresentação de um “saldo na tela de um sistema diverso, denominado ‘Bitcoin Core’, no montante de 7.089,58263542, o qual, segundo a administração das Recuperandas está em poder do Grupo”.
Contudo, como descrito no documento, Administradora Judicial não obteve acesso às carteiras e nem ao histórico da movimentação de criptomoedas.
A perícia que verificou a existência dos 7 mil bitcoins ocorre poucos dias depois da Polícia Civil de Curitiba decidir arquivar o inquérito sobre as fraudes alegadas pelo Bitcoin Banco no ano passado. A conclusão do delegado responsável pelo caso, José Barreto de Macedo Junior, afirmar que a fraude foi uma estratégia para não pagar milhares de clientes por todo o país.
Segundo o relatório, Oliveira fez graves acusações a pessoas sem apresentar qualquer prova e não conseguiu sustentar como um suposto rombo de R$ 60 milhões poderia afetar a saúde financeira de um grupo empresarial que tinha reserva para três meses.
Por uma mensagem em áudio a um grupo no Telegram, Oliveira acusou o delegado:
“Sabe por que um delegado dá um despacho daquele? Porque ele é contaminado com a porqueira — as bostas que esses portais mequetrefe de merda fala”, disse.