Os investimentos dos brasileiros em produtos financeiros somaram R$ 3,09 trilhões ao final do primeiro trimestre deste ano: o segmento de varejo, que se divide em tradicional e alta renda, é responsável por R$ 1,89 trilhão, enquanto o private responde por R$ 1,19 trilhão.
Esses números eram maiores em fevereiro, quando o varejo detinha R$ 1,94 trilhão e o private, R$ 1,32 trilhão. Os dados, que estão nas estatísticas da Anbima, correspondem aos aportes de 80,4 milhões de contas desses segmentos em bancos e corretoras.
Na divisão por tipo de produto, a maior queda no volume financeiro dos investidores do varejo tradicional foi registrada em fundos de investimento: de R$ 151,1 bilhões em volume acumulado em fevereiro para R$ 143,4 em março. As ações também caíram: somaram R$ 11,8 bilhões em março deste ano enquanto eram R$ 12,4 bilhões no mês anterior.
A queda em ações foi a maior percentualmente no patrimônio líquido do varejo alta renda: o volume aplicado foi de R$ 68,8 bilhões, em fevereiro, para R$ 52,7 bilhões, em março. A redução em fundos foi a segunda maior – esses produtos foram de R$ 500,2 bilhões para R$ 454,9 bilhões, na mesma base de comparação.
Esse movimento também foi registrado no patrimônio líquido dos investidores do private (clientes com, no mínimo, R$ 3 milhões aplicados em ativos financeiros). O volume financeiro aplicado em ações caiu de R$ 227,4 bilhões em fevereiro para R$ 164,5 bilhões em março. Na sequência, os fundos de investimento tiveram redução de R$ 670,6 bilhões para R$ 608,1 bilhões, e a previdência aberta foi de R$ 140,0 bilhões para R$ 134,5 bilhões, nos mesmos períodos.
Distribuição na carteira
Entre os produtos com maior patrimônio líquido, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) foi o que mais cresceu dentro da carteira dos investidores do varejo em março: no varejo tradicional, respondeu por 9,3% do estoque das aplicações, em comparação aos 8,9%, tanto em fevereiro deste ano como em dezembro de 2019. Os CDBs também responderam por 13,8% do estoque do segmento de alta renda, frente a 11,5% em fevereiro e 11,0% no consolidado do ano passado.
Os fundos multimercados são a maioria da carteira do private, respondendo por 33,6% do volume total. Nesse segmento, as ações e os fundos de ações tiveram redução na participação do volume financeiro aplicado em 2020: responderam por 13,8% e 6,4% dos investimentos, respectivamente. As ações representavam 17,2% em fevereiro e 17,1% em dezembro de 2019, enquanto os fundos de ações eram responsáveis por 7,9% em fevereiro e 8,0% em 2019.
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