Imagem da matéria: Justiça encontra R$ 500 em contas de brasileiro que foi espancado após aplicar golpes com Bitcoin
Marlon Gonzalez Motta no Copacabana Palace (RJ) em março de 2019. Imagem: Repodução/Instagram

A Justiça mandou bloquear as contas do empresário Marlon Gonzalez Motta, que foi sequestrado e espancado por aplicar golpes usando Bitcoin, e descobriu que ele possui menos de R$ 500. 

Na ação movida por um dos tantos investidores lesados por Marlon, consta que o autor do processo acreditando que seu dinheiro seria aplicado na bolsa de valores, aportou R$ 50 mil numa empresa chamada BMBC Consultoria em Investimentos LTDA.

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O investidor relatou na sua inicial que teria sido convencido para fazer a aplicação em abril do ano passado pelo empresário. No mês seguinte, o cliente resgatou parte do investimento feito — de R$ 11.500. O problema, entretanto, ocorreu em setembro, quando descobriu que foi vítima de estelionato.

Foi quando o cliente entrou com um processo cobrando os R$ 38.500 restantes. Apesar de o juiz João Luis Zorzo, da 15ª Vara Cível de Brasília, ter concedido uma tutela de urgência (espécie de liminar) em seu favor para bloquear as contas de Marlon, o que foi encontrado não cobre nem 10% do valor.

Sem dinheiro

A vida de ostentação, amplamente documentada em seu perfil do Instagram, não condiz com o que Marlon possui no banco. Numa de suas contas, ele possuía apenas R$ 418,54 e na outra R$ 2,00.

A Justiça ordenou o bloqueio de contas bancárias. Não há no processo qualquer menção à notificação a qualquer exchange para saber se o acusado de golpes possui criptomoedas.

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Já a empresa BMBC Consultoria em Investimentos LTDA não existe mais. Consta nos autos que ela foi extinta.

Diante desse cenário, o juiz deu 15 dias para que o autor apresentasse uma certidão atualizada da junta comercial referente a essa empresa para incluir como réus os os sócios dela.

Esse foi apenas mais um investidor enganado por Marlon. O empresário pode ter feito mais de R$ 3 milhões com falsas promessas.

Os golpes eram aplicados em jovens da alta classe que ele geralmente aborda em festas e que estão começando a atuar no mercado financeiro.

Sequestro e bitcoin

Nem todos os investidores resolveram buscar apenas as vias legais para cobrar a dívida. Motta foi sequestrado e espancado até devolver o valor que devia a dois clientes que foram lesados por ele em agosto.

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O jovem de 23 anos, que fingia ser megainvestidor e persuadia vários operadores financeiros a pagarem fortunas em transações envolvendo criptomoedas, foi sequestrado ao sair de uma festa.

Os investigados estavam armados. Eles, então, conseguiram render os seguranças de Marlon e levá-lo para um cativeiro.

O suposto estelionatário levou coronhadas na cabeça e, com as armas apontadas para sua cabeça, foi obrigado a transferir R$ 152 mil em Bitcoin para duas carteiras.

Na época, a Polícia Civil de Brasília, que está cuidando dessa investigação, não revelou os nomes dos acusados que deverão responder em liberdade.


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