Após o recente anúncio da criação da Libra, criptomoeda que está sendo desenvolvida por subsidiárias do Facebook, um membro do parlamento da Rússia ligado ao governo disse que o país não deve legalizar o criptoativo, pelo menos no curto prazo. As afirmações são da agência estatal russa de notícias TASS.
Segundo a reportagem, em uma entrevista a uma rádio na terça-feira (18), Anatoly Aksakov, presidente do Comitê da Duma (parlamento russo) para o Mercado Financeiro, disse que “a Rússia não vai legalizar o uso da criptomoeda Libra que o Facebook planeja lançar em 2020”.
Aksakov disse que não é só a Rússia que é contra a Libra e que muitos países com rígidos controles de capital, como a Índia, estão se movendo na direção de restringir a nova criptomoeda.
Para reforçar a previsão, Aksakov citou que o uso de criptoativos criados em plataformas descentralizadas podem representar uma ameaça ao sistema financeiro do país, enfatizando que a Rússia não possui uma legislação para o novo mercado.
“Com relação ao uso da criptomoeda do Facebook como um meio de pagamento na Rússia neste momento, minha opinião é que em nosso país ela será banida”.
França x Facebook
O Facebook terá pela frente uma dura missão para regulamentar a Libra primeiramente nos EUA e na Europa. Para isso, suas subsidiárias ‘Libra Foundation’ e ‘Calibra’, bem como a própria instituição, precisam de todo apoio possível. É um projeto ambicioso e visa mais de 2 bilhões de usuários.
No entanto, com gigantes como Mastercard, Visa, Andreessen Horowitz e Uber como membros-fundadores, o caminho para um lançamento pode não ser tão duro, dado a grande influência dessas empresas no mercado financeiro global.
Bruno Le Maire, ministro da Economia da França e simpatizante do criptomercado, disse que apesar do país dar apoio à implantação da Libra, a criptomoeda não pode ser deixada para se tornar uma moeda soberana, segundo a CCN. “Não pode e não deve acontecer”, disse Le Maire.
Criptomoeda Libra
O Facebook anunciou a criação da criptomoeda Libra no dia 18 de junho, juntamente com uma associação, a Libra Association.
A entidade vai supervisionar o novo produto da rede social que será aberto a outras empresas, como já anunciadas, por exemplo, a Visa e Mastercard, ou fundos de investimentos bilionários, como Andreessen Horowitz.
De acordo com o white paper da Libra, tanto a blockchain como uma carteira para a nova criptomoeda serão lançados em 2020. A subsidiária ‘Calibra’ será a responsável.
Conforme publicação, a rede blockchain terá pelo menos 100 nodes, sendo que 28 já estão fechados com o projeto.
De acordo com a empresa, a carteira digital para a Libra estará disponível no Messenger, WhatsApp e em um aplicativo independente para realização de pagamentos e transferências globais via blockchain.
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