A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma megaoperação de busca e apreensão em vários estados país. O objetivo é prender suspeitos de fraudes no Banco do Brasil. As ações da ‘Operação Crédito Viciado’ iniciaram na manhã de quinta-feira (09) e seguiu durante todo o dia.
De acordo com o site da Polícia Civil do DF, são 28 mandados de busca e apreensão. Desses, já foram cumpridas 15 prisões e dois suspeitos estão foragidos. Pelo menos 22 carros de luxo foram apreendidos. Essas pessoas são acusadas de desviar R$ 26 milhões do Banco do Brasil entre 2017 e 2018.
As ações estão sendo realizadas pelos policiais da Coordenação de Combate ao Crime Organizado (Cecor) do Distrito Federal e envolve 140 agentes da unidade e de outras delegacias no país.
A denúncia às autoridades foi realizada pelo próprio Banco do Brasil que descobriu o esquema fraudulento após uma auditoria interna. Segundo a reportagem, a Justiça já autorizou o bloqueio de R$ 15 milhões das contas dos suspeitos.
As equipes do Cecor estão agindo em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, e no DF.
Investigação da Polícia Civil
Segundo a reportagem, dentre os alvos a serem presos constam dois ex-funcionários do Banco do Brasil e empresários de 11 empresas que prestavam serviço de cobrança a clientes para a instituição.
Conforme informações da polícia, assim que um cliente pagava sua dívida depois de ter falado com a terceirizada, uma comissão era paga à agência de cobrança automaticamente.
O problema é que em alguns casos acontecia um erro técnico no sistema e a transferência da comissão tinha que ser feita manualmente.
Desta forma, servidores com cargos executivos se aproveitavam de suas posições para fraudar. O pagamento manual facilitava pagar a mais para a prestadora de serviço, que repassava parte para o servidor.
“Havia funcionários e ex-funcionários do banco fraudando repasses de valores a essas empresas de cobrança bancária. Posteriormente as empresas retornavam parte das quantias aos funcionários do Banco do Brasil, como proveito do crime”, destacou o delegado e coordenador da Cecor, Leonardo de Castro.
Viagens e carros de luxo
Conforme relatou o delegado Wenderson Teles, os suspeitos tinham uma vida de luxo.
“Todos eles ostentavam alto padrão econômico, residiam em bairros nobres e, ainda, utilizavam os recursos ilícitos para viagens, aquisição de veículos e outros bens de consumo”, disse.
Suspeito recebeu R$ 4 milhões
Um dos responsáveis por realizar o meio de pagamento manual chegou a receber R$ 4 milhões em créditos ao longo de dois anos, segundo investigações. Ele foi demitido do Banco em janeiro deste ano.
Em um caso igual, outro ex-funcionário também teria recebido R$ 900 mil, apontou a polícia, segundo o G1.
O Banco do Brasil prestou todo o apoio necessário às investigações que prosseguem no sentido de identificar outros envolvidos nos crimes apurados. Todos os suspeitos podem responder por crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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