Imagem da matéria: Athlético Paranaense acusa empresa de criptomoeda de calote e desfaz parceria
(Foto: Divulgação)

Durou menos de um ano e acabou em crise. O projeto de criptomoeda do Atlético Paranaense anunciada em junho do ano passado se desfez e agora o time de futebol acusa a empresa responsável de calote, de acordo com a Gazeta do Povo.

Conforme a reportagem, a acusação é de que Inoovi, a desenvolvedora do criptoativo, não fez os pagamentos relativos ao contrato assinado. Nenhum ação judicial foi iniciada até o momento.

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Ao que tudo indica a parceria, os problemas vêm de alguns meses. No site do Atlético Paranaense não há menção ao ativo digital, que se chamava IVI. No uniforme dos jogares, a marca também sumiu embora tenha estado presente no ano passado, de acordo com o jornal paranaense.

Presidente do Atlético Paranaense

Em um vídeo do anúncio da parceria que foi publicado no site oficial do clube e distribuído em redes sociais, o presidente do Conselho Deliberativo do ‘Furacão’, Mario Celso Petraglia, apresentou parceiria e explicou sobre a nova missão do clube. Ele anunciou a sociedade como uma “inovação no mercado esportivo brasileiro”.

Em tese, segundo informações no site da Inoovi, comprar os tokens dariam vantagens, como assistir a treinos fechados, reunião com os jogadores, sala VIP durante as partidas, artigos autografados pelos atletas, descontos em eventos e compras com descontos nas lojas parceiras.

“O Atlético paranaense, dentro da sua cultura e filosofia de inovação e vanguarda fica lisonjeado por esta alternativa [oportunidade] que nos foi dada, de sermos escolhidos dentre os maiores clubes do mundo”, disse na época o presidente do rubro-negro.

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Na conferência, um jornalista chegou a perguntar para o presidente se o clube correria algum risco financeiro. O executivo do clube respondeu:

“Risco em negócios existe sempre. Nós examinamos e da forma que nos ofereceram, o risco [para o clube] é nulo”.

Desconfiança da Inoovi

Ivi Token, a moeda criada pela Inoovi limited, sediada em Hong Kong, levantou desconfiança desde o início do projeto. Em janeiro, uma análise publicada pelo Portal do Bitcoin se verificou que os projetos de criptomoedas associadas a times de futebol não estavam muito bem. O projeto do Atlético Paranaense foi um deles.

A empresa foi criada por Fernand Danan, que é do ramo da aviação. Essa distância entre as áreas pode explicar o amadorismo do projeto. O Guia do Bitcoin fez uma investigação a respeito e constatou muitas falhas. A equipe da moeda entrou em contato com o site para que removesse a matéria, mas a mesma continua lá.

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As críticas são levantadas devido o design amador do site, da má tradução e do caráter publicitário sobre o funcionamento dentro dos clubes, que claramente ferem as leis que esses times devem seguir.

Uma dessas irregularidades é a alegação de que o pagamento dos atletas será feito com o token visando evitar os impostos. Há também a falta de informação técnica, pois no White Paper só existe publicidade e sensacionalismo. Sem falar do fato curioso de usarem fotos falsas para representar a equipe da moeda.

A compra de tokens já está acontecendo, mas o ambiente parece pouco seguro e desorganizado. Um serviço bem implementado já devia estar em funcionamento tendo em vista o apoio de grandes times.

A sensação que passa é que não existe nada técnico feito, que estão tentando juntar dinheiro para depois tentarem colocar em pratica o que pretendem. O projeto parece ter nascido morto. A própria página dos tokens na Ethereum tem comentários alertando o possível Scam, além dos elogios parecerem fantasiosos.

A Ivi alega ter emitido 10 bilhões de tokens e está vendendo cada um a 2 dólares, isso já a colocaria na segunda colocação de maior capitalização do mercado, perdendo somente para o Bitcoin.

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Com quase 300 dias de projeto, só há o registro de 295 transações, a venda direta deve se traduzir em um número menor ainda. A equipe também prometia um bônus de desconto em um site, mas o site está atualmente offline.


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