Eduardo Taiano, o principal procurador que investiga a suposta participação do presidente argentino Javier Milei em um escândalo envolvendo o token LIBRA, solicitou o congelamento de ativos relacionados ao caso e a recuperação de postagens deletadas nas redes sociais, incluindo um tweet de Milei promovendo a memecoin baseado na Solana.
Taiano também pediu registros detalhados das transações da LIBRA.
Em uma postagem na rede social X no mês passado, Milei promoveu a LIBRA, que supostamente ajudaria a economia argentina ao financiar pequenas empresas e startups, dizendo a seus seguidores que “o mundo quer investir na Argentina”.
A LIBRA disparou em valor, atingindo uma capitalização de mercado de cerca de US$ 4,5 bilhões. Mas logo depois, colapsou, levando alguns observadores a alegarem que se tratava de um esquema de pump and dump.
Milei então deletou seu tweet, e advogados entraram com acusações de fraude contra ele.
Antes do colapso da LIBRA, um pequeno grupo de carteiras que detinha a maior parte do fornecimento do token sacou seus fundos. O empresário do setor cripto Hayden Davis, da empresa de marketing e investimentos Kelsier, admitiu que acabou com um montante de US$ 100 milhões do projeto.
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Taiano pediu a cooperação de corretoras internacionais, autoridades policiais e reguladores para congelar os fundos, segundo reportou o jornal argentino Clarín.
O presidente Milei tem sido um ícone entre eleitores de direita e entusiastas do Bitcoin que apreciam seus ideais libertários. O líder argentino também conquistou admiração ao cortar gastos do governo e implementar outras medidas que reduziram a alta inflação do país.
No entanto, o ex-economista raramente falou sobre Bitcoin e, em 2022 — antes de se tornar presidente —, investidores processaram Milei por promover outra plataforma de criptomoedas, a CoinX, que supostamente prometia retornos gigantescos de forma enganosa, como uma piâmide financeira.
Memecoins e tokens ganharam manchetes recentemente desde que o ex-presidente dos EUA Donald Trump e sua esposa Melania lançaram seus próprios tokens digitais antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. Ambos os tokens —TRUMP e MELANIA, baseados na Solana — dispararam em valor antes de despencar novamente.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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