Imagem da matéria: Dificuldade de mineração do Bitcoin diminui em meio à queda das criptomoedas
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A mineração de Bitcoin acabou de se tornar mais fácil em meio à recente queda do mercado de criptomoedas, embora essa tendência provavelmente não dure, segundo especialistas do setor.

A dificuldade da rede caiu no domingo de mais de 114 trilhões para 110,5 trilhões, de acordo com dados da CoinWarz. A queda ocorre enquanto o preço do Bitcoin despencou. Na quarta-feira, o BTC foi negociado abaixo de US$ 83.000 pela primeira vez desde o início de novembro, segundo dados do CoinGecko.

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Quedas na dificuldade de mineração durante mercados de baixa são típicas. À medida que os preços caem e a demanda por ativos diminui, algumas empresas podem reduzir sua capacidade de mineração, desligando dispositivos para economizar energia. A queda mais recente também coincide com uma intensa onda de frio em várias partes dos EUA, o que aumentou os preços da energia.

Quando os mercados estão em alta, a rede de mineração cresce, aumentando a dificuldade. A dificuldade tem disparado ao longo dos 16 anos de história do Bitcoin, já que a expansão da rede exige mais poder computacional e energia. Esse indicador é importante, pois aumentos na dificuldade sinalizam que a rede está se tornando mais segura.

“A energia nos EUA está elevada devido às condições do inverno”, disse Nick Hansen, CEO e cofundador do pool de mineração Luxor, ao Decrypt. “Há mais demanda por energia, o que aumenta os preços [das operações de mineração].”

Ele acrescentou que uma “combinação de custos gerais de energia mais altos junto com uma queda no preço em geral” estava levando algumas operações de mineração a reduzirem suas atividades mais do que normalmente fariam.

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Ajuste na mineração de Bitcoin

Curtis Harris, diretor sênior de crescimento da Compass Mining, provedora de serviços de mineração, disse que a recente “leve retração pode sinalizar um ajuste, à medida que os mineradores se adaptam à queda do Bitcoin, gerenciando custos de energia, restrições de infraestrutura e a implementação mais lenta de hardware de nova geração”.

A dificuldade de mineração atingiu novas máximas em janeiro, quando o Bitcoin estabeleceu um novo recorde de preço acima de US$ 108.000.

Os mineradores — grandes fazendas industriais de computadores que recebem recompensas em BTC por processar transações na blockchain — costumam comemorar pequenas quedas na dificuldade, pois isso torna as operações mais fáceis e lucrativas. O problema é que o preço do BTC caiu drasticamente, afirmou Ro Shirole, diretor de negócios da BlockMetrix.

“A redução da rede ajuda [os mineradores], mas a queda do preço superou a porcentagem de encolhimento da rede”, disse ele, acrescentando que os mineradores só comemoraram “por cerca de cinco minutos”.

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A dificuldade de mineração do Bitcoin é ajustada a cada 2.016 blocos processados, o que ocorre, em média, a cada duas semanas. Uma dificuldade de 110,5 trilhões significa que agora é 110,5 trilhões de vezes mais difícil minerar o ativo do que quando o primeiro bloco foi minerado em 2009.

Ainda assim, a recente queda na dificuldade provavelmente não durará, disse Scott Norris, CEO da mineradora independente Optiminer, observando que as operações na América do Norte estavam em expansão e, portanto, a rede crescerá como resultado.

“Os mineradores podem aproveitar o ajuste para baixo por enquanto”, disse ele, “mas está prestes a subir novamente.”

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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