Um caso de sequestro com pedido de pagamento de resgate na criptomoeda Monero e que estava sendo mantido em segredo pela polícia da Noruega veio à tona nesta quarta-feira (09).
Anne-Elisabeth Falkevik Hagen, de 68 anos está desaparecida desde 31 de outubro do ano passado. Ela é esposa de Tom Hagen, empresário do setor de energia e uma das pessoas mais ricas do país.
Segundo informações da agência de polícia local Politiet, as autoridades resolveram tornar o caso público para que surjam mais indícios, já que as pistas que apareceram até o momento ainda não são suficientes e a população pode ajudar.
O que se sabe até agora é que Anne-Elisabeth foi atacada no banheiro de sua residência, conforme mostrou a perícia. No entanto, os especialistas não encontraram evidências de arrombamento na casa, diz a reportagem.
Há ainda o fato de Hagen ter chegado em casa naquele dia e ter encontrado uma carta — escrita em norueguês e com erros de ortografia — que pedia um resgate de € 9 milhões (R$ 38 milhões, aproximadamente) a ser pago em Monero, uma criptomoeda anônima.
Nas palavras seguintes, a carta ameaçou matar a mulher se houvesse o envolvimento da polícia, o que justifica o caso ter sido tratado até então em sigilo. As autoridades temiam alertar os sequestradores.
A polícia acredita que os criminosos estão atrás da fortuna de Tom Hagen, avaliada pela Kapital em cerca de R$ 800 milhões (NOK 1,7 bilhão, na moeda norueguesa).
A polícia da Noruega está recebendo ajuda da Interpol e da Europol no caso, além de vários distritos policias que estão em alerta.
“Nosso objetivo é encontrar a mulher viva e reuni-la com sua família. Em casos de crimes graves, o tempo é um fator importante. Nós dependemos de informações para ajudar a chegarmos mais perto de encontrar Anne-Elisabeth”, disse um porta voz da polícia.
Caso brasileiro com criptomoeda
Um empresário brasileiro também passou por situação semelhante no início de 2017. Na ocasião, sua esposa foi sequestrada em Florianópolis e levada para São Paulo, ficou em cativeiro.
Os criminosos, então, pediram o resgate em criptomoeda, com preferência para a Monero. Ao G1, o empresário deu o seguinte depoimento:
“Eles não sabiam que estavam pedindo, porque eram valores exorbitantes. Não se relaciona a isso no mundo inteiro, não se compra e vende no mundo. Eram valores extraordinários, estratosféricos”.
O caso felizmente acabou bem. A polícia conseguiu descobrir o cativeiro, encontrar os sequestradores e resgatar a vítima sem ferimentos.
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