Novas informações vieram à tona mostrando que os acionistas da Microsoft se opuseram fortemente a uma proposta na terça-feira (10) para investir em Bitcoin, mesmo que o ativo tenha sido descrito como uma proteção eficaz contra a inflação.
Apenas 0,55% dos acionistas apoiaram uma proposta para comprar e manter o Bitcoin. A principal criptomoeda por capitalização de mercado ultrapassou US$ 100 mil por moeda mais uma vez na quarta-feira (11).
De acordo com o relatório anual de Relações com Investidores da Microsoft, 28,234 milhões de votos de acionistas da Microsoft foram dados a favor da proposta, em comparação com a esmagadora maioria de 5,148 bilhões de votos contra, com 22,6 milhões de abstenções.
O conselho de administração da Microsoft pediu aos acionistas que votassem contra a proposta antes da votação dos acionistas, citando a volatilidade da criptomoeda.
“O Bitcoin é um ativo mais volátil, no momento, do que os títulos corporativos, de modo que as empresas não devem arriscar o valor dos acionistas mantendo uma quantidade excessiva dele”, disse a Microsoft durante a reunião de acionistas.
“No entanto, como o Bitcoin é um excelente, se não o melhor, instrumento de proteção contra a inflação e os rendimentos dos títulos corporativos são menores do que a verdadeira taxa de inflação, as empresas também não devem arriscar o valor dos acionistas ignorando completamente o Bitcoin”.
Embora a maioria dos acionistas tenha rejeitado a proposta, a Microsoft reconheceu que as empresas deveriam avaliar os benefícios de manter pelo menos 1% de seus ativos em Bitcoin.
Ventos de mudança
A votação final dos acionistas da Microsoft ocorre no momento em que várias empresas começam a acumular o ativo em seus balanços patrimoniais este ano como parte de suas estratégias corporativas.
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No início deste mês, a empresa de tecnologia de saúde, Semler Scientific, adicionou US$ 30 milhões em Bitcoin. Na segunda-feira (9), o Centro Nacional de Políticas Públicas recomendou que a Amazon convertesse pelo menos 5% de seus ativos em Bitcoin. Espera-se uma decisão em algum momento do próximo ano, na primavera.
A Microsoft destacou a MicroStrategy como a maior detentora privada de Bitcoin. Essa empresa adquiriu recentemente um adicional de US$ 1,5 bilhão em Bitcoin, elevando seu total de participações para 423.650 BTC, avaliado em aproximadamente US$ 42 bilhões.
“A Microstrategy — que, assim como a Microsoft, é uma empresa de tecnologia, mas, diferentemente da Microsoft, detém Bitcoin em seu balanço patrimonial — teve suas ações superadas em 313% pelas ações da Microsoft este ano, apesar de ter apenas uma fração dos negócios da Microsoft. E eles não estão sozinhos”, de acordo com uma declaração de procuração.
“A adoção institucional e corporativa do Bitcoin está se tornando mais comum. O segundo maior acionista da Microsoft, a BlackRock, oferece a seus clientes um ETF de Bitcoin à vista“.
Apesar de rejeitar a proposta do Bitcoin, a Microsoft observou que avalia uma ampla gama de ativos para investir. A equipe de Tesouraria Global e Serviços de Investimento da Microsoft disse que continuará a monitorar as tendências relacionadas ao Bitcoin e à criptomoeda “para informar futuras tomadas de decisão”.
“Como a própria proposta observa, a volatilidade é um fator a ser considerado na avaliação de investimentos em criptomoedas para aplicações de tesouraria corporativa que exigem investimentos estáveis e previsíveis para garantir liquidez e financiamento operacional”, disse a Microsoft.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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