miniaturas de quatro pessoas diante de uma moeda de bitcoin em cima da bandeira do Brasil
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Brasil e Colômbia são os países da América Latina onde a população mais deseja uma regulamentação mais clara para o setor de criptomoedas. Essa é a conclusão do relatório Blockchain Latam 2024, uma pesquisa realizada pela agência de relações públicas Sherlock Communications. 

Foram entrevistadas 3.483 pessoas em seis países da América Latina, sendo o maior grupo no Brasil (827 pessoas). Ao serem confrontados com a afirmação de que “é preciso mais regulação de criptomoedas no país”, os brasileiros foram os mais enfáticos: 33% disseram concordar totalmente e 45% disseram concordar.

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Na Colômbia, foi constatado o mesmo nível de 78% de concordância com a afirmação, mas em um grau menor de confiança: o percentual de entrevistados que disseram concordar totalmente foi de 25%. 

Já diante da afirmação “o governo do meu país deveria fornecer mais informações sobre a utilização das criptomoedas”, a população colombiana se mostra mais de acordo: 39% concordam totalmente e 51% concordam. O Brasil vem na sequência, porém, com um nível maior de concordância: 46% concordam totalmente e 40% concordam. 

Gerente de CX da NovaDAX, o executivo César Félix analisa os dados da pesquisa: “À medida que o mercado de criptomoedas cresce, a necessidade de regulamentação também se torna evidente. Para alcançarmos as pessoas é preciso que elas se sintam seguras e amparadas por órgãos que garantam seus direitos caso haja a necessidade”.

CBDCs

Além disso, o Brasil é o país que tem a população mais receptiva para as Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs). Ao serem apresentados para a afirmação “as moedas digitais vão agilizar pagamentos e reduzir burocracia”, 74% dos brasileiros disseram concordar — na sequência vem o Peru, com 73%. 

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No entanto, muitas pessoas sentiram que as moedas digitais seriam também uma forma do governo observá-las. Mais da metade (56%) dos entrevistados disseram sentir que as CBDCs “são uma forma do governo monitorar meus hábitos de consumo”. Uma em cada três (34%) pessoas na região concordaram que “as moedas digitais são uma invasão à minha privacidade”.

No geral, fica claro que há uma grande ambiguidade na percepção sobre as moedas digitais emitidas pelo Banco Central (CBDC), sendo que 62% das pessoas na região disseram não saber o suficiente sobre moedas digitais. Essa opinião foi mais presente no Brasil e no Chile, sendo apontada por 56% dos entrevistados.

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