celular com o logo da exchange de criptomoedas bybit
Shutterstock

A corretora de criptomoedas Bybit revelou na quinta-feira (1º) que deixará o mercado francês, citando “desenvolvimentos regulatórios”, já que a tão esperada legislação de criptomoedas da Europa, apelidada de MiCA, reformula a forma como empresas e indivíduos devem tratar a classe de ativos.

A partir de 13 de agosto, os usuários franceses não poderão realizar transações na exchange, exceto para sacar fundos que já tenham em sua conta, disse a Bybit em um comunicado.

Publicidade

As contas estão restritas ao modo “somente fechamento”, o que significa que os usuários não poderão adicionar novas posições ou comprar produtos.

O status da Bybit na França tem sido controverso há muito tempo. Em maio, a Autoridade dos Mercados Financeiros (AMF) alertou os cidadãos de que a exchange estava operando fora das regulamentações do país e havia sido colocada na lista negra em 2022 por “não conformidade com as regulamentações francesas atuais”.

A AMF lembrou às pessoas que exchanges como a Bybit são obrigadas a se registrar como provedoras de serviços de ativos digitais (DASP), o que a Bybit não fez.

“Plataformas não registradas que fornecem esses serviços na França são ilegais sob a lei francesa. A Bybit não é registrada como uma DASP”, disse a AMF na época.

Publicidade

Por sua vez, a Bybit disse que está “comprometida em fornecer um ambiente de negociação seguro e compatível para seus usuários em todo o mundo” e destacou seu recente lançamento bem-sucedido na Holanda como evidência de sua disposição de se envolver com reguladores europeus.

MiCA causa saída da Bybit na França

A saída da Bybit da França segue a implementação do Regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA) na Europa, introduzido pela Comissão Europeia em 24 de setembro de 2020 como parte de um pacote financeiro.

O regulamento, que define diretrizes para provedores de criptomoedas e emissores de stablecoins, foi posteriormente ratificado pelo Parlamento Europeu em abril de 2023, antes de entrar em vigor dois meses depois; as regras para stablecoins, incluindo requisitos rigorosos de capital e liquidez, entraram em vigor em junho deste ano

A França, juntamente com outros 26 estados-membros, implementará as disposições restantes para outras criptomoedas e provedores de serviços a partir de 30 de dezembro deste ano. Elas incluem supervisão de comunicações de marketing, medidas contra lavagem de dinheiro e protocolos aprimorados de proteção ao consumidor.

Publicidade

A disponibilidade da Bybit ao redor do mundo flutuou junto com as dificuldades que ela enfrentou anteriormente na França. A exchange saiu do Canadá e do Reino Unido em 2023 devido ao endurecimento das regras voltadas para a indústria cripto.

De acordo com a  seção de serviços restritos informados no site da exchange, a Bybit atualmente lista os EUA, Reino Unido, China, Hong Kong, Singapura e Canadá como áreas onde não tem mais intenção de atender.

Coreia do Norte, Cuba, Irã, Uzbequistão, regiões da Ucrânia controladas pela Rússia (atualmente incluindo as regiões da Crimeia, Donetsk e Luhansk) e Síria também estão na lista.

Além do lançamento na Holanda, a Bybit está disponível para cidadãos chineses no exterior em países que a empresa atende. Isso difere da situação na França, onde os cidadãos não poderão acessar serviços em nenhum lugar do mundo.

Apesar de estar restrita em mercados importantes, a Bybit cresceu e se tornou a segunda maior exchange em volume de negociação, de acordo com dados da CoinGecko. Com US$ 5,5 bilhões em volume negociado na quinta-feira, a corretora só fica atrás da rival Binance, que movimentou US$ 11,4 bilhões no mesmo período.

Publicidade

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

Chainlink se une ao piloto do Drex em consórcio com Banco Inter e Microsoft

A Chainlink vai utilizar sua tecnologia para gerar interoperabilidade entre o Drex e um banco central estrangeiro
Imagem da matéria: Brasileiro vai parar no hospital por estresse após perder carteira com R$ 2 milhões em Bitcoin

Brasileiro vai parar no hospital por estresse após perder carteira com R$ 2 milhões em Bitcoin

O youtuber e pianista vendeu Bitcoin na baixa, comprou outros 4 BTC na alta e, posteriormente, perdeu o acesso à carteira
Moedas de bitcoin sob mesa escura com sigal ETF

ETFs de Bitcoin ultrapassam US$ 100 bilhões em ativos pela 1ª vez

Atualmente, 5% da capitalização total de mercado do Bitcoin está alocada em ETFs
Imagem da matéria: Sbaraini: empresa suspeita de fraude cripto tenta anular inquérito policial no STJ

Sbaraini: empresa suspeita de fraude cripto tenta anular inquérito policial no STJ

Sócios da Sbaraini, alvos da Operação Ouranós da PF, tentam se livrar das investigações argumentando que o inquérito teve início de forma ilegal