O desenvolvedor do Ethereum, Joey Zhou, alegou que o recém diviulgado White Paper da Petro, criptomoeda nacional da Venezuela, é uma “cópia descarada” do documento da Dash, conforme escreveu no Twitter recentemente.
“O novo token Petro da Venezuela é um clone descarado da Dash (pelo menos o whitepaper, na página 11)”, postou Zhou.
Lol Venezuela's new Petro token is a blatant Dash clone (at least the whitepaper, page 11) https://t.co/j64CoaYfeP vs. https://t.co/9nwCVnPYi6
— Joey Zhou (@josephzhou) October 2, 2018
No entanto, não é difícil que leitores familiarizados com a Dash reconheçam suas principais características ao ler o projeto venezuelano:
Envio instantâneo, combinação de consenso, master nodes, um algoritmo de mineração X11 e assim por diante, revelam a audácia dos desenvolvedores da Petro.
A página do novo White Paper, descrevendo os conceitos básicos da tecnologia por trás do Petro, exibe ilustrações tiradas diretamente dos white papers da Dash e do Bitcoin.
Zhou ligou, então, um gráfico que é proeminente tanto no projeto da Petro (página 13) quanto no da Dash, conforme mostra a imagem no Github.
De acordo com o News Bitcoin, a Petro foi lançada oficialmente para início de transações nesta segunda feira pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro.
“A Venezuela faz história! Hoje damos um passo adiante com o lançamento da Petro como moeda nacional e plataforma para fortalecer nossa soberania financeira”, disse Maduro em um discurso televisionado.
Porém, a pregação de que a Petro seria apoiada pelo petróleo venezuelano acabou sofrendo modificações.
A Telesur TV disse que a criptomoeda, “diferente de outras moedas digitais, era protegida com a riqueza de petróleo venezuelano e também pela mineração.
Maduro confirmou quando apontou estas riquezas como sendo, “ouro, diamante, ferro e alumínio” — pode ser conferido na página 7 do documento: 50% de petróleo, 20% de ouro, 20% de ferro e 10% de diamante.
Segundo Maduro, sem citar nomes, a Petro já estaria listada nas seis principais casas de câmbio internacionais do mundo e que a partir de agora ela passaria a ser aceita em nível nacional.
“Todos os venezuelanos terão acesso à Petro e poderão fazer compras internacionais. Elas são agora substitutas legais dos dólares em negócios imobiliários, passagens aéreas, hotéis e similares”, disse o líder.
Maduro também revelou que a partir de 5 de novembro os cidadãos venezuelanos poderão comprar a Petro com a moeda nacional também recentemente criada, o ‘bolívar soberano’.
Cada unidade da criptomoeda, reportou a Agência Venezuelana de Notícias (AVN), será equivalente a 3.600 bolívares soberanos e será a referência para fixar o valor de trabalho, serviços e de bens de consumo — uma das unidades contábeis que vão governar a nação bolivariana.
No mês passado, Maduro havia anunciado que a Petro seria adotada internacionalmente a partir de 1º de outubro e que o token criado pelo Estado iria ajudar a resolver a inflação crônica do país e a estabilizar a economia.
Ele tem sempre acrescentado que a introdução da Petro no comércio internacional é parte do projeto de desenvolvimento do país que é o ‘programa de recuperação, crescimento econômico e prosperidade’.
No entanto, há inúmeras controvérsias em torno do projeto financeiro venezuelano. A transparência praticamente inexistente de como tudo foi conduzido, provocou várias reações negativas em todo o mundo.
Isto chamou a atenção da Reuters, que recentemente lançou mais luz a respeito da não-adoção da criptomoeda venezuelana, revelando a Petro como uma farsa, visto que o token é ‘lastreado’ em 5 milhões de barris de petróleo, mas não se tem sequer uma placa do local indicado da exploração.
Atapirire, que tem 1300 habitantes e fica em uma savana isolada em Francisco de Miranda, no centro do país, foi indicada por Maduro como sendo a área dos 5 milhões de barris, no entanto, a reportagem da Reuters encontrou apenas máquinas antigas abandonadas no meio do mato.
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