As duas maiores criptomoedas começam a semana no zero a zero enquanto as principais altcoins registram perdas, em meio às vendas de ações puxadas pelo pessimismo com a atividade na China e dados conflitantes sobre a economia dos EUA.
Relatório mostrou que o mercado de trabalho americano continua aquecido, o que pode adiar um corte de juros no país.
Arthur Hayes, cofundador e ex-CEO da BitMEX, alertou em artigo para uma correção no preço do BTC devido a mudanças no nível de liquidez nos EUA.
Em meio às incertezas no front macroeconômico, o foco de traders de criptomoedas está na aprovação ou não de fundos com exposição direta ao Bitcoin nesta semana.
O Bitcoin mostra estabilidade em 24 horas, cotado a US$ 44.020,17, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC recua 0,25%, negociado a R$ 215.811,56, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) opera em baixa de 0,4%, a US$ 2.228,65.
As principais altcoins são negociadas no vermelho, entre elas BNB (-2,7%), XRP (-1,8%), Solana (-3,7%), Cardano (-5,3%), Dogecoin (-2,6%), TRON (-0,4%), Chainlink (-0,9%), Avalanche (-4,5%), Polkadot (-3,1%), Polygon (-6,3%) e Shiba Inu (-4,5%).
Aprovação de ETFs de Bitcoin à vista pode sair nesta semana
Gestoras de ativos, bolsas de valores e a SEC, a CVM dos EUA, discutiram na sexta-feira (5) os ajustes finais na redação dos registros de fundos de índice de Bitcoin à vista, uma etapa que pode levar à aprovação dos chamados ETFs amanhã (9) ou na quarta-feira (10), disseram fontes à Reuters.
Os possíveis emissores de ETFs de Bitcoin precisam enviar ainda nesta segunda-feira de manhã quaisquer revisões de última hora em seus pedidos pendentes, informou a Bloomberg News.
O prazo legal da SEC para tomar uma decisão acaba em 10 de janeiro, e o mercado acredita que a agência poderia aprovar vários ETFs de uma só vez. A Fox Business diz que o produto da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo que estaria prestes a anunciar demissões, pode ser liberado na quarta-feira.
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As chances de que um fundo com exposição direta à maior criptomoeda receba o sinal verde da SEC aumentaram para mais de 90%, de acordo com analistas da Bloomberg, enquanto na plataforma de apostas Polymarket a probabilidade está em 85%, destaca o CoinDesk.
Caso seu ETF seja um dos selecionados, a gestora VanEck prometeu direcionar 5% de seus potenciais lucros com o produto para a Brink, uma instituição que apoia do desenvolvimento do código do Bitcoin.
Coinbase se expande na Europa
A Coinbase está em processo de aquisição de uma entidade licenciada pela MiFID (Diretiva de Mercados de Instrumentos Financeiros) para expandir sua oferta de derivativos na União Europeia, de acordo com o The Block.
O acordo está sujeito à aprovação regulatória e pode ser fechado no final de 2024, afirmou a maior corretora cripto dos EUA em comunicado. O nome da empresa, com sede em Chipre, não foi informado.
Com a licença, a Coinbase, que por enquanto apenas atua em negociações à vista na UE, poderá oferecer derivativos atrelados a criptomoedas na Europa.
Enquanto isso, a Ark Invest da gestora Cathie Wood segue reduzindo a exposição às ações da Coinbase: desta vez a venda foi de US$ 20,6 milhões.
Outros destaques das criptomoedas
O número de comerciantes que aceitam bitcoins para pagamentos triplicou no ano passado frente a 2022, de acordo com dados do BTC Map compartilhados pelo The Block. Mundialmente, mais de 6.300 lojistas já aceitam a maior criptomoeda, muitos deles localizados na América Latina, mostra o relatório.
Um exemplo que destaca a crescente adoção do BTC é a gigante de comércio eletrônico japonesa Mercari. Com foco em produtos usados e mais de 22 milhões de usuários ativos mensais, a plataforma digital planeja liberar as compras com Bitcoin a partir de junho deste ano, apurou o jornal Nikkei.
A iniciativa liderada pelo G20 para acelerar pagamentos internacionais poderia facilitar os crimes financeiros e dificultar a aplicação de sanções à Rússia e a outros estados, alertou o programa de pesquisa britânica Future of Financial Intelligence Sharing. Segundo o relatório, os planos para tornar os sistemas de pagamentos digitais mais eficientes até 2027 não levam em conta a crescente vulnerabilidade às redes criminosas e os riscos de lavagem de dinheiro.
Em outro estudo divulgado na sexta-feira (5), a TRM Labs disse que hackers ligados à Coreia do Norte roubaram pelo menos US$ 600 milhões em criptomoedas em 2023. Caso confirmados, outros hacks realizados por norte-coreanos nos últimos dias do ano passado elevariam esse total para cerca de US$ 700 milhões.
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