Andrea Zanon posa para foto
Andrea Zanon (Foto: Reprodução/LinkedIn)

A Guarda Civil da Espanha prendeu na sexta-feira (1º) o especialista em finanças Andrea Zanon, ex-consultor do Banco Mundial e do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, por suspeita de crime de pirâmide financeira com criptomoedas. Italiano, Zanon é acusado de comandar uma empresa chamada Nimbus Plataform LTD, que fraudou cerca de R$ 660 milhões (US$ 135 milhões) de centenas de vítimas.

A prisão do acusado foi feita no Aeroporto de Barcelona, momentos antes de ele embarcar para os Emirados Árabes, onde participaria da conferência sobre clima COP 28. Segundo o site Europapress, sua prisão, condicionada a liberdade sob fiança, foi determinada pelo juiz Joaquín Gadea, do Tribunal Nacional da Espanha, para evitar risco de fuga, já que Zanon mora atualmente nos EUA. 

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Durante a audiência, Zanon negou todas as acusações, garantindo ao juiz que ele serviu apenas para fazer algumas promoções no início do negócio e que não tem nada a ver com a administração do esquema. A Nimbus, cuja sede fica em Malta, prometia negociação de Bitcoin (BTC) “sem chance de perda” e retornos entre 7% e 15% ao mês, descreve o site Criptonoticias.

Mas para o juiz os fatos são diferentes. Ele averiguou que a própria empresa listou Zanon como um dos fundadores e CEO na sua fase inicial e que agora pesa sobre ele várias acusações, como lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Para o juiz, que investiga o caso há mais de dois anos, Zanon usou seu notório currículo para promover a Nimbus, o que pode ter atraído as vítimas.

O magistrado cita uma entrevista de 2019 em que o acusado apresentou a plataforma como o seu projeto atual e na qual se referiu à sua experiência como conselheiro do ex-presidente dos EUA Bill Clinton, da ex-secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, e como conselheiro em investimentos e risco gestão no Banco Mundial, afirma o Europapress.

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Gadea disse que Zanon constituiu a empresa para a prática da fraude e integrou diversos órgãos sociais da mesma, desde o seu início até datas próximas da consumação do crime de fraude. Deduz assim que “poderia ter conhecimento preciso da data em que iria ocorrer a suspensão de pagamentos e o bloqueio de fundos”, alega o juiz.

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