As principais criptomoedas voltam a subir com força nesta quarta-feira (6), em linha com o bom humor de traders de ações depois de dados que mostraram desaceleração do mercado de trabalho nos EUA.
O Bitcoin mostra alta de 5,4% em 24 horas, para US$ 43.964,25, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC também sobe 5%, negociado a R$ 217.506,95, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
No mercado brasileiro, clientes da Kucoin enfrentam problemas para realizar saques e depósitos nos últimos dias, e a falta de aviso prévio desapontou a comunidade, segundo reportagem do Portal do Bitcoin.
Parte do atual rali é impulsionado pela expectativa do lançamento de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista. Mas gestoras também aproveitam a onda para colocar ETFs de Ethereum spot no mercado. No entanto, a SEC, a CVM dos EUA, adiou mais uma vez a decisão sobre a conversão de um fundo de Ethereum da Grayscale em um ETF à vista.
O Ethereum (ETH) registra valorização de 3,4% em 24 horas, cotado a US$ 2.280,76.
As maiores altcoins também são negociadas no azul, entre elas BNB (+1,7%), XRP (+3,6%), Solana (+9%), Cardano (+8%), TRON (+0,4%), Toncoin (+0,1%), Chainlink (+3,7%), Polkadot (+6,8%), Polygon (+5,1%) e Shiba Inu (+10%).
Avalanche dispara 18%, enquanto Dogecoin, o token de estimação do bilionário Elon Musk, avança 15,5% em 24 horas. A memecoin acelerou os ganhos após os planos da X.AI, uma startup de inteligência artificial apoiada por Musk, de captar US$ 1 bilhão com investidores em troca de uma participação na empresa, de acordo com documento enviado à SEC.
Bitcoin hoje
O Bitcoin havia iniciado a terça-feira (5) sem força, mas ganhou fôlego durante o dia e chegou a atingir a marca de US$ 45 mil na Coinbase.
Os três pilares mais citados por especialistas para os ganhos são a perspectiva de juros mais baixos nos EUA, o “halving” do Bitcoin em 2024, que vai reduzir pela metade a recompensa de mineradores, e o potencial lançamento no mercado americano de fundos com exposição direta à maior criptomoeda, os chamados ETFs à vista.
Nesse contexto, também pesa o fator FOMO (sigla em inglês de “fear of missing out”, ou medo de ficar de fora), que costuma influenciar as negociações de ativos em ralis.
Caso o Bitcoin se mantenha acima de US$ 44 mil, traders com posições vendidas, ou seja, que apostam na queda da criptomoeda, podem enfrentar perdas com liquidações.
O economista-chefe da BTCM, Youwei Yang, identificou US$ 45 mil como o próximo nível de resistência crucial para o Bitcoin, sugerindo uma probabilidade elevada de um “short squeeze” (liquidação de posições) acima dessa marca, disse ao The Block.
A maior criptomoeda do mundo já acumula alta superior a 150% neste ano, com ganhos puxados principalmente por investidores institucionais. Mas, mesmo com a atual euforia, alguns analistas recomendam cautela, já que os volumes continuam baixos.
A média móvel diária do volume de exchanges em sete dias ficou em US$ 27 bilhões em 4 de dezembro, abaixo da máxima do ano, de US$ 47 bilhões, mostram dados do The Block.
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SocGen lista stablecoin na Bitstamp
O Société Générale decidiu lançar sua própria stablecoin em uma exchange de criptomoedas, tornando-se o primeiro grande banco a listar esse tipo de ativo digital para uma ampla base de investidores, segundo o Financial Times.
O terceiro maior banco da França inicia nesta quarta-feira (6) a negociação de sua stablecoin atrelada ao euro EUR CoinVertible na Bitstamp, sediada em Luxemburgo.
“O ecossistema cripto está altamente concentrado em algumas stablecoins existentes, 90% denominadas em dólares americanos . . . Definitivamente, pensamos que há lugar para um banco neste campo e há lugar para uma stablecoin [denominada] em euros”, disse ao FT Jean-Marc Stenger, CEO do SocGen Forge, a unidade de ativos digitais do banco.
O mercado de stablecoins não ficou imune ao recente rali das criptomoedas, registrando a primeira expansão desde maio de 2022.
Enquanto isso, a Binance suspendeu as negociações com a stablecoin AEUR, garantida por euros, citando uma “volatilidade anormal”. O token havia dado um salto de 200% na terça-feira após ser listado na exchange, informou CoinDesk.
Novo CEO da Binance se esquiva de perguntas em conferência
Durante um evento do Financial Times realizado em Londres na terça-feira (5), o novo presidente-executivo da Binance, Richard Teng, se recusou a responder onde a maior exchange de criptomoedas do mundo está sediada.
Teng substituiu Changpeng “CZ” Zhao no cargo de CEO da Binance no mês passado, depois de a empresa se declarar culpada de violar regras de lavagem de dinheiro e sanções internacionais dos EUA. CZ também se declarou culpado por não cumprir as regras de combate à lavagem de dinheiro e renunciou.
Teng disse ainda que a Binance passou por auditorias em jurisdições onde é regulamentada, mas não identificou as empresas de auditoria envolvidas, de acordo com o FT.
“Por que você se sente com tanto direito a essas respostas?”, Teng perguntou ao ser entrevistado por videoconferência durante o “FT Crypto and Digital Assets Summit”. O executivo disse que a corretora já fornece as informações necessárias aos reguladores. “Existe a necessidade de compartilharmos todas essas informações publicamente? Não.”, acrescentou.
Também presente ao evento, Kristin Johnson, da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), afirmou que a multa de US$ 4,3 bilhões imposta à Binance foi elevada para servir como alerta a outros players que não cumpram as regras.
Outros destaques das criptomoedas
A Coinbase, maior exchange cripto dos EUA, lançou um serviço que permite o envio gratuito de dinheiro por clientes de vários países por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. “Tornamos mais fácil enviar dinheiro para qualquer lugar onde você possa compartilhar um link, seja por meio de aplicativos de mensagens como WhatsApp, iMessage e Telegram, plataformas de redes sociais como Facebook, Snapchat, TikTok e Instagram, ou até mesmo via e-mail”, disse a empresa em comunicado. Para realizar as transferências, as duas partes precisam ter uma Coinbase Wallet.
A Helium Mobile, que se autodenomina “a primeira operadora cripto do mundo”, anunciou um plano nos EUA com dados, mensagens de texto e conversas ilimitadas que custa US$ 20 por mês, de acordo com o The Block. O serviço da Helium Mobile combina a Helium Network “peer-to-peer” (um projeto de internet das coisas que usa a blockchain Solana) e uma rede 5G nacional. O lançamento vem na esteira de um teste em Miami no início do ano.
Um grupo de gigantes da tecnologia liderados pela IBM e pela Meta se uniu sob uma nova organização, a AI Alliance, com o objetivo de apoiar a inovação transparente e o desenvolvimento responsável em inteligência artificial. A AI Alliance pretende priorizar a segurança, a colaboração, a diversidade, oportunidades econômicas e benefícios para todos, afirmaram a IBM e a Meta em comunicado conjunto.
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