Imagem da matéria: OKX inicia operação no Brasil com promessa de seguir regras locais
(Foto: Shutterstock)

O mercado cripto brasileiro ganha nesta segunda-feira (27) um competidor de peso: a corretora OKX começa hoje sua operação no país, com uma equipe de cerca de 15 funcionários locais, uma sede na Faria Lima em São Paulo e um CNPJ.

A companhia, que tem sede nas Ilhas Seychelles, planeja estabelecer uma presença no Brasil se diferenciando de outros gigantes internacionais que não fincaram de fato os pés em solo brasileiro. 

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“Acreditamos que é preciso ter uma operação mais local, próxima de reguladores e bastante focada em compliance”, afirma Guilherme Sacamone, novo gerente geral da OKX no Brasil, em entrevista ao Portal do Bitcoin

A corretora atualmente é a segunda maior do mundo em volume de transações diárias, movimentando cerca de R$ 8,8 bilhões por dia, segundo o ranking do CoinMarketCap.

Sacamone explica que além de o Brasil ser o maior mercado da América Latina, a escolha do país como ponto de partida para a OKX na região também se baseou nos avanços regulatórios. Na visão do executivo, o Marco Legal das Criptomoedas (Lei 14.478/22) “trouxe muita clareza”, o que contribuiu para a decisão de focar no Brasil.

“Esse marco regulatório e as clarezas que já estão vindo hoje foram muito positivos e facilitaram muito. Já temos algumas clarezas de operação, de que produto pode ter, de que produto não pode ter. Foi muito positivo e fácil de vender internamente e globalmente isso para a empresa, para priorizar o Brasil”, afirma. 

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Como será a operação da OKX no Brasil

O executivo, que tem passagens pela Meta, PicPay e Crypto.com, explica que a estratégia comercial da OKX é combinar os serviços das corretoras nacionais com o leque de produtos das gigantes globais. 

“As empresas globais apresentam um serviço one size fits all. Já a exchanges locais oferecem um serviço muito intuitivo, porque no fim do dia são brasileiros construindo para brasileiros. Mas o portfólio de produtos é mais limitado. A gente quer se posicionar exatamente na intersecção desses dois mundos: ter a autonomia no Brasil de construir um produto para locais com uma excelência cripto global”, afirma. 

Para atrair os investidores, Sacamone revela que a estratégia será agressiva. “Teremos uma das melhores taxas do mercado, se não a melhor”, promete.

Ele explica que as taxas serão calculadas para serem mantidas a longo prazo: “Uma coisa que eu não quero é ficar mudando. Por exemplo, eu ofereço um preço bom e atraio vários clientes. Se aumentar as taxas, acabo forçando essa galera a resgatar seus tokens, tudo que aprenderam na minha plataforma, e ir para outro lugar.”

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A OKX chega com dois principais produtos principais no Brasil:

  • OKX Exchange – Plataforma/Corretora que fornece negociação à vista, conversão e negociação de fiat para cripto. Também permite que os usuários obtenham rendimentos em suas posições por meio de staking, investimento duplo e outras oportunidades DeFi. A exchange promete publicar mensalmente prova de reservas.
  • OKX Wallet – Carteira que possibilita custódia própria de criptos e acesso a DeFi, NFTs, dApps e DEXs por meio de um gateway compatível com vários protocolos.

Foco no marketing de influencers 

Em um primeiro momento, a OKX não planeja nenhuma grande ação de publicidade, como fez a mexicana Bitso ao fechar contrato multimilionário de patrocínio do São Poaulo Futebol Clube. A ideia é tentar acionar campanhas globais aqui, já que a corretora patrocina o Manchester City e a equipe de Fórmula Um, McLaren. 

Mas isso não significa que não haverá nenhuma ação. “Nossa presença vai ser muito no digital. Vamos fazer parcerias com grandes nomes do mercado de trade, para que consigamos ouvir das pessoas que estão de fato de frente para o nosso produto, o que elas estão achando, pegar esses depoimentos, trazer para o público e fazer possivelmente uma campanha de marketing”.

Bull market?

Para finalizar, Sacamone respondeu a pergunta inescapável no momento: o mercado entrou em um ciclo de alta?

“Precisamos ter certeza de algumas questões, principalmente relacionadas à inflação global. Mas, se assumirmos que a inflação está sob controle e que há de vir uma queda na taxa de juros, junto com os ETFs e o halving, podemos dizer sim que é o começo de um novo ciclo.”

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