Imagem da matéria: Corretora brasileira de criptomoedas Negocie Coins processa cliente e o obriga a pedir desculpas no Facebook
(Foto: Shutterstock)

A corretora de criptomoedas Negocie Coins tomou uma atitude singular para evitar críticas à empresa: processar um cliente. Como consequência da ação, ele teve de fazer uma postagem pública em um grupo do Facebook com um pedido de desculpas.

De acordo com o processo, a empresa entrou com uma ação criminal por crimes de calúnia, injúria e difamação contra Celso Tuzzolo por comentários feitos na comunidade Bitcoin Brasil – Original no Facebook.

Publicidade

Em um acordo firmado em uma audiência preliminar no I Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro no dia 30 de agosto ficou combinado que o cliente (talvez ex-cliente agora) publicaria o “termo de retratação entregue neste ato e alterado de comum acordo pelas partes no prazo de quarenta e oito horas”, conforme explica o processo.

E foi por isso que na noite de quinta-feira (30), Tuzzolo escreveu que quando ele disse que a Negocie Coins fazia falcatruas, possuía volume fake e bloqueava saldos dos usuários sem nenhuma razão e que “qualquer outra Exchange no Brasil é mais confiável do que a NEGOCIECOINS”, não havia comprovação para tais afirmações e que elas eram apenas sua opinião pessoal.

O talvez agora ex-cliente, membro do grupo desde janeiro de 2017, finalizou o texto com a seguinte frase: “Desta forma, venho a público me retratar, pedindo desculpas à Exchange NEGOCIECOINS.”

O acordo assinado foi mais longe. Conforme o texto, o autor do fato (Tuzzolo) deverá se esforçar “ para não causar nenhum transtorno futuro de ordem física, emocional, moral, material e patrimonial à Vítima (Negocie Coins)”.

Publicidade

A postagem recebeu mais de 200 curtidas, entre risadas e likes. Nas discussões que se seguiram ao post, os comentários foram controversos. Há pelo menos quatro usuários que afirmaram que não voltariam a usar corretora. Por outro lado, houve quem defendesse a atitude da corretora de Curitiba. Como ocorre em casos como este, alguns perfis fake chegaram invadindo e poluindo o debate.

Em nota Rafael Steinfeld, o advogado de Celso Tuzzolo, afirmou o seguinte: “A intenção dele era de externar, como cliente, sua indignação por alguns problemas que tinha sofrido na empresa, mas, no calor do momento, acabou extrapolando em suas palavras. Apesar de a Constituição Federal garantir a liberdade de expressão, a solução consensual é a melhor ferramenta para esse tipo de conflito”.

A corretora curitibana, por meio de sua assessoria de imprensa, enviou a seguinte nota: “O Grupo Bitcoin Banco entendeu que o autor ultrapassou a linha da opinião e, portanto, da liberdade de expressão. Ao entendermos que cometeu ofensa e violou o chamado direito da honra objetiva da empresa, tomou-se a decisão de buscar reparação em juízo.

Durante a audiência de conciliação, a Negocie Coins ofereceu proposta de acordo para encerrar a ação penal, mediante publicação de retratação. Está sendo feita uma análise exaustiva de outros casos para que o Grupo Bitcoin Banco proteja a honra objetiva da empresa com o intuito de valorizar a atuação séria e honesta das companhias que atuam nesse mercado.”

Publicidade

As perguntas sobre se existem outros processos similares em andamento não foram respondidas até a publicação desta reportagem.

Polêmica do volume da Negocie Coins

Os questionamentos quanto à veracidade do volume da Negocie Coins são antigos. A empresas é líder isolada nos rankings que medem o volume. Um artigo publicado pelo Portal do Bitcoin em abril colocou em xeque estes números.

Insatisfeita com o estudo, a corretora pôde se defender em um artigo publicado no mesmo espaço cujo o título era “Resposta da NegocieCoins Acerca da Matéria ‘As Corretoras Brasileiras de Criptomoedas Falsificam Volume de Bitcoin?’”.

VOCÊ PODE GOSTAR
bitcoin, trade, investimento

Domínio da Binance em negociação de Bitcoin cai de 81% para 55%, aponta pesquisa

Relatório da Kaiko diz exchanges menores como Bybit e OKX ganharam impulso no mesmo período
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin se segura em US$ 66 mil após halving; Credores da FTX buscam acordo com  SBF

Manhã Cripto: Bitcoin se segura em US$ 66 mil após halving; Credores da FTX buscam acordo com SBF

Com a conclusão do quarto halving do Bitcoin, investidores lançam apostas sobre o rumo dos preços nos próximos meses
Imagem da matéria: Machado Meyer Advogados entra para associação ABcripto

Machado Meyer Advogados entra para associação ABcripto

O escritório ingressa na associação para dar ainda mais relevância à assessoria jurídica na formatação de transações financeiras para o desenvolvimento do ecossistema cripto no país
Imagem da matéria: Token do jogo Notcoin será lançado em breve; veja como reivindicar

Token do jogo Notcoin será lançado em breve; veja como reivindicar

O token NOT será lançado em questão de dias. Aqui está o que esperar do processo de reivindicação.