Imagem da matéria: Comparsa do "Príncipe do Bitcoin" é preso por aplicar golpe com pirâmide de criptomoedas
Foto: Shutterstock

Após deflagrar a operação “Príncipe do Bitcoin” no dia 25 de outubro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) efetuou no último sábado (28) a prisão de Gilson Ramos Vianna, em Campos dos Goytacazes (RJ).

Segundo as investigações, ele integrava a área de tecnologia da informação de uma organização criminosa que aplicava o golpe de pirâmide financeira usando criptomoedas. Vianna atuava simulando contas e fazendo a captação de clientes que seriam vítimas do crime.

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No esquema, ele era parceiro do pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, que foi um dos alvos da operação da semana passada. O pastor atuava como trader, investindo no mercado financeiro e captando clientes. Conhecido na região de Campos dos Goytacazes, ele trocava constantemente de carro e realizava viagens rotineiras, como forma de ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe. Por isso, ganhou o apelido de “Príncipe do Bitcoin” na operação.

Também fazia parte do esquema criminoso Ana Claudia Carvalho Contildes, sócia fundadora da empresa, que segundo as autoridades está foragida.

O grupo atuava desde 2016 por meio da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli e prometia retorno financeiro de 15% a 30% ao mês por meio de investimentos em criptomoedas. Segundo as autoridades, mais de 43 vítimas foram alvo do golpe.

A pedido do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Justiça determinou o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, até o valor de R$ R$ 1,9 milhão incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.

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Entenda o esquema   

Com a promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês, a empresa inicialmente abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”.

Como sugere o nome, é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a gerar confiança no trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria.   

Após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores referentes aos mesmos seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 01 de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido.

Investigações do MPRJ também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos criminosos para dar continuidade ao esquema.  

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