As maiores criptomoedas são negociadas com estabilidade em mais uma sessão, consolidando a tendência das últimas semanas. Já traders de ações aceleram as vendas diante de preocupações com a inflação e fragilidade da economia chinesa.
O Bitcoin (BTC) segue estacionado nas últimas 24 horas, cotado a US$ 29.371,61, segundo dados do Coingecko. Com a desvalorização do peso argentino, o BTC atingiu máxima histórica no país vizinho após o resultado das prévias presidenciais.
O Ethereum (ETH) recua 0,4%, para US$ 1.840,79.
As altcoins operam no vermelho, entre elas BNB (-0,5%), XRP (-0,2%), Dogecoin (-1,1%), Cardano (-0,4%), Polygon (1,1%), Polkadot (-0,5%), Shiba Inu (-2,4%) e Avalanche (-0,4%). Solana vai na contramão e sobe quase 2%.
Bitcoin hoje
O marasmo ainda marca as negociações com o Bitcoin, com sua volatilidade em mínima histórica em meio ao baixo volume de negócios, agravado pelas férias de verão de muitos traders no hemisfério norte e ausência de notícias que mexam com o mercado.
Parte da calmaria no noticiário desta terça também pode ser explicada pela demissão de quase metade da equipe editorial do portal CoinDesk, anunciada na segunda-feira (14), de acordo com memorando visto pelo The Block. O CoinDesk é controlado pelo Digital Currency Group (DCG), que negocia a venda do site para investidores por US$ 125 milhões, conforme noticiado anteriormente pelo Wall Street Journal.
E enquanto um fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista não sai nos EUA, a Europa já tem o seu.
A Jacobi Asset Management, com sede em Londres, anunciou nesta terça (15) a listagem do produto na Euronext Amsterdam.
Depois de receber a aprovação da Comissão de Serviços Financeiros de Guernsey (GFSC) em outubro de 2021, a empresa planejou inicialmente lançar seu EFT de Bitcoin no ano passado.
No entanto, decidiu adiar o lançamento, devido ao colapso do ecossistema Terra e da exchange cripto FTX.
Hoje, o ETF Jacobi FT Wilshire Bitcoin finalmente chegou ao mercado, sendo negociado sob o código BCOIN. O fundo cobra dos investidores uma taxa de administração anual de 1,5%, de acordo com o Decrypt.
Defesa da Binance
A Binance.US entrou com um pedido buscando uma ordem de proteção para limitar o escopo da investigação da SEC, a CVM dos EUA, informou o Decrypt.
Em junho, o braço da Binance nos EUA – que operava sob os nomes BAM Trading Services e BAM Management US Holdings – havia fechado um acordo com a reguladora, chamado de “ordem de consentimento”, depois que a agência tentou congelar todos os ativos da corretora devido a preocupações com segurança.
Essa ordem permitia à SEC conduzir uma investigação limitada sobre a custódia e disponibilidade de ativos.
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Mas, de acordo com o documento registrado pela Binance.US na segunda-feira (14), as investigações da SEC foram muito além do escopo acordado na ordem de consentimento e equivalem a uma “expedição de pesca” inadequada.
De acordo com o Decrypt, a Binance.US afirma que a SEC está exigindo comunicações expansivas e depoimentos de executivos da empresa sobre “dezenas de tópicos” não relacionados aos ativos dos clientes, incluindo seu CEO, que o documento diz ter pouco conhecimento sobre as questões de custódia centrais para o caso.
Enquanto isso, a Coinbase, maior exchange cripto dos EUA, que também enfrenta um processo da SEC, lançou oficialmente suas operações no Canadá e anunciou a criação da organização “Stand with Crypto Alliance” para reforçar o lobby antes dos debates sobre a legislação cripto no mercado americano.
Ainda nos EUA, a Prime Trust, outra empresa sob pressão regulatória, pediu proteção contra credores. Com dificuldades financeiras, a empresa de custódia cripto estava sob supervisão de reguladores do estado de Nevada desde junho.
E a plataforma de crédito cripto Celsius, também em recuperação judicial e cujo fundador Alex Mashinsky foi acusado de fraude, apresentou uma proposta para clientes com o objetivo de relançar a empresa, que ficaria sob o comando de usuários, de acordo com a Bloomberg.
Ao mesmo tempo em que algumas empresas cripto tentam retomar as operações, outras fecham as portas, como é o caso da corretora cripto Dasset, da Nova Zelândia, que entrou em liquidação e bloqueou fundos de clientes, e da exchange holandesa Txbit, conforme o The Block.
CPI das Pirâmides Financeiras
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal concedeu na segunda-feira (14) à noite um habeas corpus que dispensou a atriz Tatá Werneck de comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras, de acordo com informações do site Metrópoles.
O depoimento da atriz estava previsto para esta terça-feira (15), quando também está agendada a participação do ator Cauã Reymond. Ambos foram convocados na condição de investigados para falar sobre a relação que mantiveram com a pirâmide financeira Atlas Quantum, que usava Bitcoin nas operações.
Tatá e Cauã fizeram publicidade para a empresa em maio de 2018. Na ocasião, transmitiram um programa ao vivo pela internet no qual promoviam um jogo de perguntas e respostas sobre criptomoedas.
Segundo o Metrópoles, os advogados Maira Fernandes e Ricardo Brajterman alegaram que a atriz não teria como contribuir com a CPI, pois a campanha foi realizada em 2018.
Com base nesses argumentos, o STF decidiu que inexiste obrigatoriedade ou sanção pelo não comparecimento à CPI e que todo cidadão tem “direito à não autoincriminação”.
Outros destaques das criptomoedas
Sam Bankman-Fried, fundador da exchange cripto FTX, teria usado fundos de clientes para fazer mais de US$ 100 milhões em contribuições para campanhas de democratas e republicanos antes das eleições de meio de mandato de 2022 nos EUA, alegou o Departamento de Justiça na segunda-feira (14), enquanto advogados de Bankman-Fried disseram que o ex-CEO precisa de remédios de depressão na prisão, conforme a Reuters. Em outro capítulo do processo sobre a violação das leis eleitorais dos EUA, o ex-executivo da FTX Ryan Salame solicitou a permissão para não depor no caso.
Após lançar sua stablecoin PayPal USD, o PayPal apresentou uma plataforma para a negociação de ativos digitais, a Cryptocurrencies Hub, segundo informações do Business Insider. A plataforma permitirá comprar, vender, receber e enviar moedas digitais, além de outras operações, como também oferecer informações de mercado e conteúdo educacional. O PayPayl também contratou um novo CEO e presidente, Alex Chriss, que vai substituir Daniel Schulman a partir de 27 de setembro.
Ainda na área de pagamentos, a uruguaia DLocal, que também atua no Brasil, está estudando opções para o negócio, incluindo uma possível venda, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg. A empresa, com sede em Montevidéu, trabalha com um assessor financeiro e tem conversado com potenciais compradores, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
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