O mercado brasileiro de criptomoedas movimentou R$ 110 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Receita Federal divulgados na segunda-feira (7).
O número mostra um um forte aquecimento em relação aos primeiros seis meses de 2022: alta de 30%, já que entre janeiro e junho do ano passado o volume negociado foi de R$ 84 bilhões. Os dados também revelam um forte domínio da stablecoin USDT, emitida pela Tether (USDT), no mesmo período.
Os dados recém divulgados pela Receita mostram que no mês de junho o volume de transações com criptomoedas foi de R$ 18 bilhões. Com isso, foi apenas o terceiro melhor mês no primeiro semestre: em abril, o pico do período, foram R$ 22 bilhões; e, em março, foram R$ 20 bilhões.
Quando se compara os mesmos meses de 2022 e 2023, os dados mostram que o primeiro semestre de 2022 se saiu melhor em apenas um período: maio, quando teve R$ 18 bilhões em volume, contra R$ 17 bilhões em maio de 2023.
Para preparar o relatório de atividades, a Receita compila os dados recebidos de pessoas física e jurídicas que fazem compras de criptomoedas em corretoras no exterior, compras de pessoas físicas e jurídicas sem uso de exchanges (em geral compradas pelo formato p2p, ou seja, diretamente com algum vendedor) e compras em corretoras brasileiras ou com sede no país (esse segmento é responsável pela maior parte do volume).
Tether supera Bitcoin (BTC) no Brasil
O fechamento dos números da primeira metade de 2023 também confirma o domínio absoluto da USDT, stablecoin da Tether, no volume de operações do mercado de criptomoedas do Brasil.
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Foram declarados R$ 90,2 bilhões em transações com USDT no primeiro semestre de 2023. Isso representa 82% do total. O Bitcoin (BTC) tem participação até tímida diante disso: apenas 6%, com R$ 6,7 bilhões.
Segundo maior criptomoeda em capitalização de mercado, a Ethereum (ETH) foi responsável por apenas 1% das declarações. Todo o conjunto restante de criptomoedas negociados e declarados representam 10% do total.
CPFs e CNPJs batem recorde
Em junho de 2023, foram declaradas transações envolvendo 3,2 milhões de CPFs e 89 mil CNPJs. Ambos os números são recordes e série histórica mostra como, mesmo com variações no mês a mês, o número de pessoas físicas e pessoas jurídicas que transacionam com criptomoedas vem aumentando no longo prazo de forma consistente.
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