Imagem da matéria: Youtuber faz novo vídeo sobre a Blaze e mostra problemas do cassino em Malta
O empresário Carlos Stivala afirma ter dissolvido registros legais da Blaze em Malta (Foto: Reprodução/ONE News)

O youtuber Daniel Penin publicou um novo vídeo na segunda-feira (3) sobre o cassino online Blaze. No material, ele diz que a empresa teve seus registros legais dissolvidos em Malta – país europeu onde está administrativamente sediado.

A perda dos registros teria se dado após dois dos supostos donos terem parado de responder a uma terceira pessoa, que também está listada nos registros públicos como proprietário e trabalha para o governo de Malta. As informações tomam como base uma matéria publicada no jornal local The Shift

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A reportagem do jornal maltês entrevistou esse terceiro proprietário: trata-se de Carlo Stivala, que aparece em um registro público como dono da empresa Blaze Ltd e é citado no vídeo de resposta preparado pelo influencer Felipe Neto como um dos donos da empresa. Os outros proprietários seriam Nick Van Gorsel e Nicholas Cass Beug. 

Stivala é uma figura pública em Malta: atualmente, ele ocupa a chefia da Fundação para Acessibilidade à Tecnologia da Informação (FITA), uma iniciativa do governo local. 

Ao The Shift, o empresário disse que a sua empresa Blaze Ltd. apenas fornecia ao cassino online um endereço local, serviços de contabilidade e uma licença para a companhia operar como Company Service Provider (CSP). 

Mas Stivala afirma que “eles [Cass Beugg e Van Gorsel] pararam de nos responder”, e que isso o levou ele a fazer a dissolução dos registros da Blaze Ltd. 

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Segundo a reportagem, Stivala é um executivo ligado ao mundo das criptomoedas. Ele foi membro da Força Tarefa Blockchain, criada pelo governo e que atuou durante o ano de 2017. 

Conforme aponta o jornal, “Stivala também é proprietário de muitas outras empresas envolvidas no setor de criptomoedas e blockchain, incluindo JACS International Ltd, Coins Malta Ltd e Blockchain Services Malta Ltd, entre outras”. 

O Portal do Bitcoin entrou em contato com a unidade brasileira da Blaze para obter esclarecimentos sobre o assunto, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

O fato de empresas responsáveis por jogos de azar serem sediadas fora do Brasil  dificulta sua responsabilização perante a Justiça diante dos inúmeros casos de reclamações de clientes lesados.

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Existe um grande número de cassinos online que surgiram nos últimos meses, sendo a maioria promovida por youtubers, artistas e canais de televisão. O ex-craque da Seleção, Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, criou seu próprio cassino, o Bruxo10.bet, um sinal de que o ramo certamente é lucrativo.

Penin afirma ter sido retaliado

Em seu novo vídeo, o influencer Daniel Penin mostra as apurações do jornal de Malta e algumas investigações que fez por conta própria.

O youtuber consultou os registros da Blaze Ltd em uma base de dados empresariais chamada Dato Capital e teve como resposta a informação de que a empresa foi retirada do registro de Malta no dia 8 de maio de 2023.

Penin também rebate a acusação de que seria o dono de um domínio de um site que ensinaria táticas sobre como ganhar em jogos da loteria. O youtuber afirma que seu nome foi incluído no rastreador de domínios Whois após as polêmicas com a Blaze, como uma forma de retaliação.

Veja abaixo o novo vídeo de Daniel Penin sobre a Blaze:

Empresa na mira

A Blaze se tornou o grande assunto da internet brasileira no final de maio, após explodir de visualizações um vídeo do youtuber Daniel Penin tentando investigar quem são os donos da Blaze e acusando os influencers de receber por cada perda dos clientes no cassino.

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Felipe Neto tem sido o mais pressionado pela parceria, e o youtuber fez um vídeo dizendo que não age diferente de outras empresas que aceitam patrocínio de casas de aposta e que irá manter o contrato com a Blaze até uma fraude ser comprovada.

Já existem pelo menos 15 processo judiciais de brasileiros acusando o cassino de roubo. Isso é demontrado em reportagem do Portal do Bitcoin feita em parceria com a rede global de jornalistas que investigam crimes transnacionais OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project).

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