moedas de bitcoin e ethereum sobre mesa envernizada
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Os preços das principais criptomoedas sobem nesta terça-feira (13) depois que um indicador de inflação dos EUA reforçou a crença dos traders de que o Federal Reserve (FED), o BC americano, possa encerrar o aumento das taxas de juros na importante reunião de amanhã (14).

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 4% nos 12 meses até maio, informou o Bureau of Labor Statistics (BLS) na quarta-feira, correspondendo às expectativas dos economistas.

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O índice, que acompanha os movimentos de preços em uma ampla gama de bens e serviços, subiu 0,1% em maio na comparação mensal — após um aumento de 0,4% em abril e um aumento de 0,1% em março.

“Para mim, isso meio que define o tom para ‘silêncio na frente macro dos EUA’ pelo resto da semana”, disse o diretor de derivativos da Amberdata, Greg Magadini, ao Decrypt, descrevendo a impressão do CPI como um curinga em comparação com a reunião do FED ou o BLS. Índice de Preços ao Produtor, que deve cair amanhã.

Ativos digitais como Bitcoin e Ethereum subiram imediatamente após o relatório, aumentando 1,4% para US$ 26.300 e 0,8% para US$ 1.760 no último dia, respectivamente, de acordo com a CoinGecko.

Altcoins, como Polygon, Cardano e Solana também ficaram no verde, liderados pelo XRP, que registrou ganhos diários de 6,6% a US$ 0,55.

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No entanto, os preços retrocederam apenas uma hora após a publicação dos dados. No momento de publicação desta matéria, Bitcoin (BTC) é negociado por R$ 127.692,62 (+0,13%) e Ethereum (ETH) por R$ 8.536,45 (-0,51%). Ripple (XRP) continua liderando o desempenho das principais criptomoedas, por R$ 2,58 (+2,55%); enquanto Cardano (ADA) lidera as perdas por R$ 1,35 (-1,00%).

Inflação nos Estados Unidos

O aumento dos custos dos abrigos foi o que mais contribuiu para o aumento do índice em maio, que subiu 0,6% mensalmente, informou o BLS. No entanto, o preço dos produtos e serviços relacionados à energia caiu 3,6% no mês passado, principalmente devido à queda no preço do óleo combustível.

Enquanto o FED manteve as taxas de juros próximas de zero em 2021 e manteve firme que a inflação era transitória enquanto a economia esquentava, o Banco Central dos EUA embarcou em uma campanha agressiva para domar a inflação em março do ano passado.

Elevando as taxas de juros para seus níveis mais altos desde 2007, o FED fez 10 aumentos consecutivos até agora em sua luta contra o aumento dos preços ao consumidor.

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O relatório de terça-feira vem um ano depois que a inflação atingiu cerca de 9% em junho passado, o ritmo anual mais acentuado em quatro décadas — e muito acima da meta do Federal Reserve de 2%.

Como a inflação mostra sinais de arrefecimento constante, aumentou a expectativa entre os traders de que o FED poderia manter as taxas onde estão atualmente. De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, há 97% de chance de o Fed manter as taxas estáveis na quarta-feira, um aumento notável sobre os 75% do dia anterior.

Seria a primeira vez que o FED decidiria não continuar a apertar a política monetária em 18 meses. Ao aumentar as taxas de juros, o Federal Reserve encarece os empréstimos para empresas e consumidores — de cartões de crédito a empréstimos para carros — esfriando a economia.

Além de impactar a economia, os aumentos das taxas influenciam os preços dos ativos, sejam criptomoedas, ações ou títulos do Tesouro dos EUA. À medida que as taxas de juros aumentam, os chamados ativos de risco, como ações e criptoativos, normalmente caem, pois as reservas de caixa e a dívida do governo se tornam investimentos mais atraentes em comparação.

Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, o presidente Jerome Powell sinalizou que aumentos adicionais nas taxas podem ser necessários para conter a inflação, mas ele disse que o banco central adotará uma abordagem dependente de dados para aumentar as taxas no futuro.

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*Traduzido por Vini Barbosa com autorização do Decrypt.

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