O Grupo B&T, dono de uma das maiores corretoras de câmbio do Brasil, anuncia que está no segmento de criptomoedas. A empresa lançou a fintech bitblue.com, que já opera Bitcoin, Ethereum e Dash.
A exchange, que entra para competir com as maiores do país, como Foxbit, BitcoinTrade e Mercado Bitcoin, promete a “maior liquidez do mercado”. Segundo Vivian Portela, sócia-fundadora, isso será garantido pelas parcerias com exchanges internacionais, como a Kraken.
“A maioria das exchanges funcionam comprando e vendendo, então se um usuário quer comprar e não tem ninguém para vender, precisa aguardar uma oferta. Garantimos liquidez imediata porque trazemos a cripto lá de fora a qualquer momento”, explica.
Sobre a oscilação de valores das criptomoedas, Vivian vislumbra uma maior estabilidade à medida que elas amadureçam como meio de pagamento e que as operações sejam regulamentadas em alguns países. O Banco Central do Brasil, por ora, não oferece essa perspectiva.
De olho na inovação
A B&T é uma instituição de câmbio, autorizada pelo Banco Central, que opera desde 1993 e tem como marca o investimento em tecnologia. A ideia de entrar no mercado de criptos é estudada há mais de dois anos, portanto anterior à supervalorização do Bitcoin no ano passado.
O grupo enxerga que o Bitcoin terá protagonismo como meio de pagamento e que, portanto, deve integrar o portfólio de produtos disponíveis para câmbio.
“Aos poucos, o Bitcoin ganhará espaço como forma de facilitar as transferências internacionais”, diz Edisio Pereira Neto, sócio-fundador.
Segundo Pereira, a plataforma, que está em beta-test, já conta com cerca de 10 mil clientes. Ele atribui a rápida adesão à liquidez e à tarifa promocional de 0%.
A BitBlue também está integrada a uma empresa de pagamentos, que automatiza os processos e garante transações em até cinco minutos.
Os planos para o segundo semestre incluem a expansão do câmbio de criptomoedas para lojas físicas (a B&T conta com 200 casas no país) e inclusão de duas ou três novas moedas digitais na operação.
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