Imagem da matéria: Influencers devem avisar quando divulgarem conteúdo pago, recomenda CVM
Shutterstock

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou nesta quarta-feira (19) um estudo recomendando como deve ser regulamentada a ação de influenciadores digitais que abordam o mercado financeiro em seus conteúdos. 

O material sugere que seja criado um dispositivo que obrigue a exigência de transparência e divulgação ativa de quaisquer relações contratuais de publicidade e divulgação de valores mobiliários celebrados entre os regulados pela CVM e os influenciadores digitais – sejam pessoas físicas ou plataformas de divulgação. 

Publicidade

Vale lembrar que nos EUA diversos influencers e celebridades estão sendo processadas por supostamente recebem para fazer propaganda da falida corretora FTX na divulgação de valores mobiliários não autorizados.

O estudo da CVM aponta que uma pesquisa da B3 identificou que 73% das pessoas físicas que realizaram o primeiro investimento tomaram essa decisão com base em informações de YouTube de influenciadores. 

A entidade ressalta que a medida tem um custo baixo de implementação e com diversos benefícios: “O mercado como um todo ganharia em higidez, ao mitigar potenciais conflitos de interesses no consumo de conteúdo patrocinado regulado; para os participantes, a maior segurança jurídica e o correto estabelecimento das responsabilidades previne futuros riscos financeiros e de imagem; para os influenciadores, a transparência de suas relações com os participantes do mercado pode ser também um sinalizador de credibilidade da sua atuação”.

Em comunicado divulgado para a imprensa, José Antônio de Souza, analista da CVM, explica que o objetivo não é regular a atuação dos influenciadores, mas estender a eles as obrigações exigidas aos regulados da CVM. 

Publicidade

“Todo participante autorizado pela Autarquia a atuar no mercado de capitais deve cumprir as normas do regulador. Isso é primordial para o bom funcionamento e a integridade do setor. A mesma conduta também deve ocorrer para os contratados pelos regulados. Então, a proposta é demonstrar que a transparência com o investidor deve se estender aos influenciadores e às plataformas de investimento contratadas por regulados da CVM”, afirma o analista.

Já Bruno Luna, também analista da CVM, lembra que o “foco não é entrar em questões operacionais, que poderão ser melhor descritas por meio da autorregulação”. Segundo o especialista, o “objetivo é informar o público investidor de que aquela orientação, informação ou opinião está sendo emitida por conta de um contrato entre o influenciador e um regulado da CVM”. 

VOCÊ PODE GOSTAR
simbolo do dolar formado em numeros

Faculdade de Direito da USP recebe evento da CVM sobre democratização dos mercados de capitais

Centro de Regulação e Inovação Aplicada (CRIA) da CVM vai a “Tecnologia e Democratização dos Mercados de Capitais no Brasil” com transmissão ao vivo no Youtube
Nathalia Arcuri falando em evento

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria de conteúdo via blockchain

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria via blockchain e promovem educação financeira de criptoeconomia gratuita
miniatura de homem sob pulpito e moeda gigante de bitcoin ao lado

Brasileiros não podem usar criptomoedas para fazer doações nas eleições municipais

A Procuradoria-Geral da República explicou as regras de doações para as eleições municipais de 2024
Imagem da matéria: Justiça nega pedido de liberdade para PM acusado de vender armas ao "Faraó do Bitcoin"

Justiça nega pedido de liberdade para PM acusado de vender armas ao “Faraó do Bitcoin”

Réu é acusado de ser responsável pela segurança do criador da GAS Consultoria e vender armas para a organização criminosa