A Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA, na sigla em inglês) está pressionando as corretoras locais pararem de utilizar altcoins como Monero (XMR), Zcash (ZEC) e Dash (DASCH).
A medida de desencorajar as exchanges japonesas em transacionar altcoins centrados no anonimato tem por elas servirem como um atrativo para criminosos e hackers, além de serem mais difíceis de rastrear do que o Bitcoin.
A Monero e a Dash foram mencionadas como as moedas digitais mais problemáticas numa reunião de grupo de trabalho de especialistas em criptomoedas, que ocorreu em 10 de abril sob os cuidados da Agência de Serviços Financeiros.
Segundo informações da Forbes, um dos membros do grupo afirmou que essas duas moedas digitais seriam utilizadas para lavagem de dinheiro e sugeriu a hipótese de se estabelecer um controle das exchanges utilizarem tais moedas.
A Monero, entretanto, tem sido uma preocupação ainda maior da FSA pelo fato dela estar associada ataques de “cryptojackig”, nos quais hackers infectam computadores com malwares que sequestram CPUs e os usam para minerar criptomoedas.
Vale apontar que a aversão do órgão regulatório japonês à Monero não começou nesse mês. Há especulação de que a história toda teria começado após a divulgação, em janeiro, de que a Coréia do Norte estaria minerando a moeda para levantar fundos.
O fato é que a Agência de Serviços Financeiros do Japão se tornou mais enérgica com as ofertas de criptomoedas como Monero, Zcash e Dash depois do que sucedeu com a Coincheck e ficou conhecido como o maior roubo da história das criptomoedas.
A corretora que foi adquirida pela Monex enfrentou problemas com a manipulação dessas três moedas criptografadas em janeiro e, devido ao ocorrido, a FSA requereu que as operadoras de criptomoedas relatassem às autoridades sobre o modo que elas gerenciam os riscos a fim de proteger os ativos dos clientes.
Guerra às altcoins
Atualmente, não há proibição oficial de negociação ou facilitação da comercialização de criptomoedas anônimas. No entanto, a guerra da FSA contra altcoins fundados na privacidade parece estar tendo algum sucesso.
A Coincheck já retirou a lista do Monero e de duas altcoins menos conhecidas que funcionam também fundadas no anonimato. Em compensação, a FSA deixou a entender que concederia uma licença a corretora japonesa.
Assim como no Brasil se tem trilhado ao caminho da autorregulação com a criação de duas associações, as bolsas licenciadas de criptomoeda do Japão formaram recentemente um órgão de autorregulamentação que terá poder de fiscalização sobre seus membros.
Esse órgão autorregulatório japonês, segundo a CCN, facilitaria o trabalho da Agência de Serviços Financeiros no controle das corretoras, tendo em vista que a organização poderia fazer uma curadoria a fim de estabelecer as criptomoedas listáveis pelas exchanges.
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