Moeda de bitcoin na mão de uma pessoa
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A empresa quebrada de empréstimos de criptomoedas, Celsius, registrou nesta quinta-feira (01), no Tribunal de Falências de Nova York, EUA, um pedido de autorização de devolução de fundos de clientes que se encontram sob custódia em sua plataforma. O objetivo, segundo o documento, é maximizar o valor das contas, cujos ativos não pertencem à empresa, e então distribuir aos credores o mais rápido possível.

A empresa mencionou que precisa considerar até que ponto eles podem ter o direito de compensar dívidas devidas a clientes. “Um dos principais objetivos nos casos do capítulo 11 é devolver valor aos clientes. Deve ser equilibrado com o dever dos devedores de maximizar o valor de seus bens em benefício de todos os credores e suas obrigações”, diz um trecho do documento, que acrescenta:

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“É justo e apropriado permitir que os clientes retirem essas criptomoedas neste momento”.

Uma recuperação judicial do tipo “Chapter 11” – referência ao capítulo da Lei de Falências dos EUA – como a que a Celsius atravessa propõe um plano de recuperação sob intervenção judicial para manter a empresa operando e pagar os credores ao longo do tempo.

Clientes da Celsius pedem devolução

O pedido de Celsius ocorreu um dia depois que um grupo organizado de 64 clientes reivindicaram à corte cerca de US$ 25 milhões em custódias. Por sua vez, o Tribunal de Falências reservou o próximo dia 06 de  outubro para uma audiência para discutir o assunto.

Segundo o documento, a Celsius tem cerca de 58.300 usuários que depositaram coletivamente mais de US$ 210 milhões com sua custódia e retenção, com 15.680 clientes com “Ativos de Custódia Puros” no valor de cerca de US$ 44 milhões.

A Celsius entrou em colapso em junho deste ano, um mês depois da queda da Terraforms Labs com o derretimento dos tokens LUNA e UST. A plataforma então bloqueou todos os saques. Em julho,  entrou com o pedido de recuperação judicial depois de uma crise de liquidez no mês anterior.

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A providência foi considerada certa para a comunidade da empresa, segundo o  CEO Alex Mashinsky. A empresa também achou que a melhor oportunidade para estabilizar o negócio era uma reestruturação financeira.

No mesmo mês, a mineradora de bitcoin, Celsius Mining, sua subsidiária, passou a fazer parte do pedido de recuperação judicial.

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