O ETF de Bitcoin da ProShares, ‘Short Bitcoin Strategy’ (BITI), disparou 306% na última semana, solidificando sua posição como o segundo maior ETF de BTC dos Estados Unidos.
Ao contrário de outros ETFs cripto listados no país, o BITI foi criado com um propósito peculiar: investidores lucram quando o preço do bitcoin cai. Seu desempenho está inversamente correlacionado ao S&P CME Bitcoin Futures Index.
BITO foi o primeiro ETF “short” de bitcoin a ser lançado no país, tornando-o bastante popular entre investidores.
Agora, BITI possui uma exposição líquida de venda (ou “short”) equivalente a 3.811 BTC — em comparação aos 937 BTC registrados na segunda-feira passada (27), de acordo com dados da Arcane Research. Grande parte dos fluxos de entrada chegaram nos dias 29 e 30 de junho — 1.684 BTC e 700 BTC, respectivamente.
O BITI estreou em 21 de junho e se tornou o segundo maior ETF de bitcoin em apenas dois dias, ficando atrás de outro veículo de investimento da própria ProShares, o ETF Bitcoin Strategy (BITO), que contém mais de 32 mil BTCs segundo dados da Arcane.
ETF de bitcoin
Um ETF fornece aos investidores exposição indireta a um ativo. É uma estratégia útil no investimento em commodities ou criptomoedas, que podem ser difíceis de transferir ou armazenar.
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Até agora, os únicos produtos de ETF de bitcoin aprovados nos EUA são baseados em futuros. Dessa forma, são respaldados por contratos futuros — apostas firmadas em dinheiro em qual será o preço do bitcoin no futuro — em vez do preço atual.
Já que BITI é quase 10% maior do que BITO, isso pode indicar que investidores de ETFs ainda preferem estar cobertos (long), apostando na alta do bitcoin. Além disso, Arcane explicou na semana passada que a exposição a longo prazo ao BITI é ineficiente, o que significa que esse pode ser uma tendência passageira.
Um produto de ETF “spot” de bitcoin, ou seja, respaldado pelo preço à vista da criptomoeda, sempre foi rejeitado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Agora, a agência reguladora está sendo processada pela Grayscale, devido à sua má vontade em não aplicar o mesmo tratamento dado aos ETFs de futuros ao ETFs de spot — tanto um quanto outro já foram aprovados em diversos outros países, incluindo Brasil.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.