Os americanos Chris e Charlie Brooks, pai e filho conhecidos como caçadores de bitcoins perdidos, ajudaram uma compatriota a recuperar 3,5 BTCs comprados em 2013, avaliados hoje em cerca de US$ 145 mil (R$ 800 mil). A sortuda é Rhonda Kampert, moradora de Illinois, que havia comprado a criptomoeda em 2013, conforme conta uma reportagem recente da BBC.
Kampert disse que naquele ano se interessou pelo bitcoin quando a cripto foi tema em um podcast que costumava ouvir pelo rádio e resolveu fazer a experiência. Na época, cada BTC custava cerca de US$ 80, conta a reportagem. “Era complicado o processo, mas comprei minhas moedas”, disse ela.
Depois de criada a carteira e realizada a compra, a americana fez a impressão das chaves e as guardou. O documento só foi tocado novamente quatro anos depois, quando o mercado de criptomoedas, principalmente o do Bitcoin, entrou num hype global, levando o preço do BTC às alturas, em cerca de US$ 20 por unidade em 2017.
Kampert então resolveu resgatar a suas criptomoedas, mas teve uma grande surpresa ao notar que os dados de acesso à carteira ficaram incompletos na impressão. “Eu tinha um pedaço de papel com minha senha, mas não fazia ideia de qual era o ID”, explicou a americana que ficou tentando fazer o login por vários meses. “Mas foi inútil e então eu meio que desisti.
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Bitcoins de volta
Recentemente ela resolveu dar mais uma chance a si mesma e ao fazer pesquisas na internet encontrou a empresa de Chris e Charlie, ‘Crypto Asset Recovery. Hoje eles são reconhecidos como “caçadores de tesouros” e família de “hackers do bem”. Eles têm vários casos de sucesso que vieram a público. Moradores de New Hampshire, eles trabalham sozinhos e cobram 20% de comissão sobre BTC encontrado.
“Depois de falar com os caras online por um tempo, eu confiei neles o suficiente para entregar todos os detalhes que eu conseguia lembrar. Então eu esperei”.
Chris e Charlie se encontraram com Kampert em uma chamada de vídeo que bastou para a dupla mostrar a ela em tempo real o saldo de bitcoin em carteira. “Eu me senti tão aliviada!”, disse a americana, segundo a BBC. Na ocasião, os 3,5 BTCs valiam US$ 175 mil, de onde foram retirados os 20% de comissão pelo serviço.
Com a fortuna em mãos, Kampert sacou apenas o suficiente para ajudar a filha na faculdade, cerca de US$ 10 mil. Agora, ela mantém seus BTCs em uma carteira hardware cujo PIN “está gravado firmemente em sua memória”, concluiu a reportagem.