Imagem da matéria: Vo1t, o bunker nuclear que cobra R$ 120 mil proteger bilhões em bitcoin e ethereum
(Foto: Shutterstock)

Uma reportagem publicada pela Forbes nesta segunda-feira (22) revelou o Vo1t, um moderno cofre subterrâneo para guardar chaves privadas de bitcoin e ethereum.

O Vo1t foi construído em 2016 por Miles Parry, um ex-consultor de segurança do Ministério da Defesa do Reino Unido que enxergou a necessidade de um lugar seguro para grandes detentores de criptomoedas.

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O cofre fica em um Data Center secreto a 20 metros abaixo do solo, no interior de um bunker nuclear abandonado em algum lugar no Sul da Inglaterra, diz a reportagem.

A instalação é patrulhada por uma equipe especializada de ex-oficiais militares, diz a Forbes, que recebeu instrução para manter a localização em segredo.

A Vo1t tem a confiança de algumas das maiores empresas do mundo para manter seguras as chaves privadas de bitcoin, ethereum e uma série de outras criptomoedas, cujos códigos são mantidos à frio, ou seja, em carteiras offline.

O cofre de Parry é protegido por camadas de segurança digital, física e humana.

Para se ter uma ideia, o local é totalmente desconectado da internet e fica dentro de uma camada de Faraday, que é uma quantidade de eletricidade necessária em uma eletrólise para bloquear ondas de rádio.

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A eletricidade também passou por uma transformação. Ela foi passada por filtros militares como precaução.

A Vo1t cobra 25.000 libras esterlinas (cerca de R$ 120 mil) por ano de empresas que procuram o serviço, sendo que o mesmo valor também é pago pelo trabalho de instalação.

Além disso, é cobrada uma taxa de saque que vai de 0,01% a 0,06% sobre o valor retirado — o tempo para a transação é de apenas 30 minutos, diz a reportagem.

O seu interior é equipado com servidores preparados para apagar todas as informações caso alguém tente roubar as chaves.

Se isso um dia vier acontecer a Vo1t se mudará para outro lugar (há vários centros de dados duplicados em todos os continentes) já preparado da mesma forma daquele que fora desativado por questões de segurança.

Mas, segundo a reportagem, é muito improvável que isso possa acontecer devido a alta segurança no acesso ao Vo1t.

Isso porque além da equipe de ex-militares que vigia acima do solo e das várias camadas de segurança subterrânea, cada cofre é construído com um portão de segurança que só é aberto após a verificação em oito fatores.

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Essa verificação é feita por vários funcionários com chaves e códigos. Outra coisa, ainda há uma autenticação por meio de uma câmera de vídeo.

Um outro fator importante que faz com que a Vo1t receba grandes investidores é que a empresa está coberta por uma apólice de seguro de criptomoedas da multinacional Aon.

É por isso que bancos, gestores de fundos e várias exchanges de criptomoedas hoje veem a Vo1t como sua última linha de defesa contra a crescente ameaça de ataques cibernéticos, diz a reportagem que assegurou à empresa a não detalhar quais são seus clientes.

No entanto, David Allen, diretor de operações da Equity Trust, que tem US$ 12 bilhões sob gestão, confirmou à Forbes que usa o armazenamento de criptomoedas da Vo1t.

Allen foi um dos poucos executivos que concordaram em falar, pois muitos investidores acreditam que apenas por fazer o papel de gestor, ele, um familiar ou um amigo pode se tornar alvo de criminosos, relata a Forbes.

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Por esse motivo que Parry não revela o quanto a Vo1t guarda em criptoativos e muito menos sua receita. Mas ele também não seria a  principal peça para abrir o cofre.

O sistema é projetado de uma forma que nem Parry nem ninguém em sua equipe pode anular a segurança sozinho.

E mesmo que alguém tenha todos os funcionários juntos, passando por toda a segurança, eles vão acionar os fail-safes (um sistema ou plano que entra em operação no caso de algo dar errado).

Serviço de custódia de criptomoedas cresce

Na semana passada, a Fidelity Investments anunciou que lançaria um serviço de custódia de criptomoedas de nível empresarial no próximo ano para suas 13.000 empresas de consultoria e corretores institucionais.

Em maio, a gigante do setor bancário japonês Nomura Holdings fez uma parceria com a fornecedora francesa de carteiras de criptomoedas Ledger e com a Global Advisors, que gerencia investimentos em bitcoin. O plano é construir a Komainu, uma empresa de custódia.

O Citigroup, segundo a Forbes,  também anunciou seus planos para entrar no ramo, enquanto há rumores de que a Goldman Sachs está considerando lançar seu próprio serviço de custódia.

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Isso sem contar com a chinesa Xapo, que é atualmente a maior fornecedora de custódia de criptomoedas, conforme o Portal do Bitcoin reportou em maio deste ano.

Na ocasião, a empresa mantinha cerca de US$ 10 bilhões em bitcoin de empresas, investidores e escritórios em cinco continentes.


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