Ilustração mostra logotipos do Ethereum conectados em cadeia
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Vitalik Buterin, criador do Ethereum, apresentou em seu blog propostas de melhorias voltadas para a longevidade e eficiência da rede por trás da segunda maior criptomoeda do mundo. Entre as soluções, ele aborda problemas que chama de “inchaço” da rede, ou seja, o acúmulo excessivo de dados e o aumento da complexidade ao longo do tempo.

Essas propostas, chamadas de “The Purge”, têm como objetivo preparar o Ethereum para o futuro, tornando-o mais leve, eficiente e acessível. Para Vitalik, a ideia central é reduzir o fardo sobre os nós, sem comprometer a segurança, a descentralização e a permanência dos dados, elementos essenciais para o funcionamento de uma blockchain robusta e confiável.

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Na prática, uma das ideias é promover a redução do armazenamento histórico. Conforme Vitalik ressalta, atualmente, cada nó da rede precisa armazenar todo o histórico de transações e blocos, o que consome grandes quantidades de espaço. A proposta é que, em vez disso, os nós armazenem apenas uma fração dos dados históricos, distribuindo essa carga entre vários nós da rede.

O programador aponta que o modelo funcionaria de maneira semelhante a redes de torrent, onde cada participante armazena apenas uma parte dos arquivos. Segundo ele, a abordagem não compromete a integridade dos dados, pois qualquer dado antigo pode ser recuperado com provas criptográficas.

“Se, ao tornar a operação de nós mais acessível, conseguirmos chegar a uma rede com 100.000 nós, onde cada nó armazena 10% aleatórios do histórico, então cada pedaço de dado seria replicado 10.000 vezes – exatamente o mesmo fator de replicação de uma rede com 10.000 nós onde cada nó armazena tudo”, afirma Vitalik.

Expiração de dados

Expiração de estado é outra proposta importante de Vitalik para lidar com o crescimento contínuo dos requisitos de armazenamento. Atualmente, qualquer estado criado na rede, como contas, contratos inteligentes e saldos, é mantido para sempre, o que aumenta constantemente a quantidade de dados que precisa ser armazenada.

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A ideia é que estados que não forem acessados por um longo período possam “expirar” e ser removidos do armazenamento ativo, liberando espaço. No entanto, esses dados poderiam ser recuperados quando necessário, garantindo que usuários que fiquem inativos por anos ainda possam acessar seus ativos quando retornarem.

Limpeza de recursos

Além disso, Vitalik propõe uma limpeza de recursos e simplificação no Ethereum. Com o tempo, várias funcionalidades antigas ou pouco usadas acabaram contribuindo para a crescente complexidade do protocolo. Ele sugere a remoção de funções que já não são mais necessárias, como por exemplo o opcode SELFDESTRUCT, que permitia que contratos inteligentes se “autodestruíssem”.

Embora útil no passado, essa funcionalidade foi pouco utilizada e adicionava complexidade à estrutura da rede.

Vitalik também defende uma simplificação geral do código do Ethereum, tornando-o mais fácil de manter e mais seguro contra erros e vulnerabilidades, garantindo assim um protocolo mais robusto e estável para o futuro.

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