Valor do mercado de criptomoedas sofre a pior queda desde 2022

Valor somado de todas as criptomoedas disponíveis no mercado caiu para US$ 1,8 trilhão em 24 horas
criptomoedas caindo no fogo

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A capitalização total do mercado de criptomoedas caiu 14% em apenas um dia, registrando a maior queda desse índice desde janeiro de 2022. No domingo (4) todas as criptomoedas disponíveis no mercado somavam um valor de US$ 2,1 trilhões. Depois de saídas de mais de US$ 300 milhões, essa quantia caiu até US$ 1,8 trilhão no momento mais crítico.  Os números são do Coingecko.

Na manhã desta segunda-feira (5), o Bitcoin se recuperou ligeiramente, o que fez a capitalização de mercado voltar para o patamar de US$ 2 trilhões. No momento da redação deste texto, o BTC é cotado em US$ 52.087, com queda de 14,5% nas últimas 24 horas. 

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Gráfico mostra queda acentuada da capitalização de mercado (Imagem: Coingecko)

Segundo a firma de análises Coinglass, no período de 24 horas entre domingo e segunda foram mais de 300 mil traders liquidados, com um total de US$ 1,1 bilhão em liquidações nas corretoras centralizadas

O Bitcoin liderou o volume de liquidações, com US$ 362 milhões. A grande maioria, US$ 302 milhões, eram de posições longas. Essas são apostas feitas pelos investidores de que o preço do Bitcoin irá subir. Quando essas posições são liquidadas, significa que os investidores foram forçados a vender suas criptomoedas a um preço mais baixo, porque o mercado se moveu contra suas expectativas.

O Ethereum teve um volume de liquidações muito perto do patamar do Bitcoin: US$ 346 milhões, sendo US$ 297 milhões de posições longas. 

Fatores econômicos globais em jogo

Anndy Lian, um especialista intergovernamental em blockchain, atribui essa queda à crescente interconexão entre os mercados financeiros tradicionais e as criptomoedas.

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“Há uma conexão crescente entre os mercados financeiros tradicionais e os mercados de criptoativos, o que significa que as interrupções em um podem levar à instabilidade no outro”, disse Lian ao Decrypt.

Ele apontou os recentes acontecimentos na economia dos EUA como o principal catalisador.

“A taxa de desemprego aumentou para 4,3% em relação aos 4,1% anteriores. Esse aumento inesperado aumentou os temores de uma possível recessão, fazendo com que os investidores se preocupem com a possibilidade de o Federal Reserve demorar a reagir com cortes nas taxas de juros”, afirmou Lian.